TEXTO: SALMO 05
[1] Dá ouvidos, SENHOR, às minhas palavras
e acode ao meu gemido. [2] Escuta,
Rei meu e Deus meu, a minha voz que clama, pois a ti é que imploro. [3] De manhã, SENHOR, ouves a
minha voz; de manhã te apresento a minha oração e fico esperando. [4] Pois tu não és Deus que se
agrade com a iniqüidade, e contigo não subsiste o mal. [5] Os arrogantes não permanecerão à tua vista; aborreces a
todos os que praticam a iniqüidade. [6] Tu
destróis os que proferem mentira; o SENHOR abomina ao sanguinário e ao
fraudulento; [7] porém eu, pela
riqueza da tua misericórdia, entrarei na tua casa e me prostrarei diante do teu
santo templo, no teu temor. [8] SENHOR,
guia-me na tua justiça, por causa dos meus adversários; endireita diante de mim
o teu caminho; [9] pois não têm
eles sinceridade nos seus lábios; o seu íntimo é todo crimes; a sua garganta é
sepulcro aberto, e com a língua lisonjeiam. [10] Declara-os culpados, ó Deus; caiam por seus próprios
planos. Rejeita-os por causa de suas muitas transgressões, pois se rebelaram
contra ti. [11] Mas
regozijem-se todos os que confiam em ti; folguem de júbilo para sempre, porque
tu os defendes; e em ti se gloriem os que amam o teu nome. [12] Pois tu, SENHOR, abençoas o justo e, como escudo, o
cercas da tua benevolência.
INTRODUÇÃO
Joel Beeke falando sobre Calvino e
a oração disse que: Para Calvino, a oração não podia ser realizada
sem disciplina. Ele escreveu: “Se não fixarmos certas horas do dia para a
oração, ela escapará facilmente de nossa memória”. Ele prescreveu várias regras
para orientar os crentes a oferecerem oração fervorosa e eficaz. Este salmo
traz um lamento, no qual o salmista roga ao Senhor que o livre da angustia que
era causada pelos seus adversários, cujas maldades ele descreve ao longo do
salmo, mas mantém sua vida de confiança em Deus por meio da oração, sobre este
importante e solene assunto iremos tratar tendo como base o tema abaixo.
TEMA: VERDADES REVELADAS SOBRE A ORAÇÃO
1.
A REALIDADE DA VIDA DE ORAÇÃO. V.1-3, 7
1.1
É uma suplica de alguém menor para um superior. V.1
a) Ele é Senhor, assim não cabe ordens a Ele, somente suplicas. V.1a
“Dá ouvidos, SENHOR [...]”
b) Ele é quem pode socorrer os que se aproximam Dele. V.1b
“[...] às minhas palavras e acode ao meu gemido”.
1.2
É uma suplica de alguém que tem intimidade com Deus. V.2a
“Escuta, Rei meu e Deus meu [...]”
a) Intimidade com Deus é para quem teme a Ele. Sl 25.14
“A intimidade do SENHOR é para os que o temem, aos quais ele dará a
conhecer a sua aliança”.
b) Intimidade com Deus é para quem medita na sua palavra. Sl 1.2
“Antes, o seu prazer está na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e
de noite”.
c) Intimidade com Deus é para quem o busca ansiosamente. Sl 63.1-2
[1] Ó Deus, tu és o meu Deus forte; eu te busco
ansiosamente; a minha alma tem sede de ti; meu corpo te almeja, como terra
árida, exausta, sem água. [2] Assim,
eu te contemplo no santuário, para ver a tua força e a tua glória.
1.3
É uma suplica de alguém que o busca exclusivamente. V.2b
“Escuta [...] a minha voz que clama, pois a ti é que imploro”.
a) Buscamos ao Senhor com exclusividade quando reconhecemos que Ele é o
único Senhor. Mt 6.24
“Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um
e amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a
Deus e às riquezas”.
b) Buscamos ao Senhor com exclusividade quando priorizamos o seu reino e a
sua justiça. Mt 6.33
“Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas
estas coisas vos serão acrescentadas”.
c) Buscamos ao Senhor com exclusividade quando renunciamos nossa vontade
para fazer a Dele. Lc 9.23
“Dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a
dia tome a sua cruz e siga-me”.
1.4
É uma suplica de alguém que já o busca de maneira cotidiana. V.3
“De manhã, SENHOR, ouves a minha voz; de manhã te apresento a minha
oração e fico esperando”.
a) O salmista já iniciava sua vida de oração na manhã do dia. V.3a
“De manhã, SENHOR, ouves a minha voz [...]”
b) O salmista ficava esperando a resposta do Senhor para aquele dia. V.3b
“[...] de manhã te apresento a minha oração e fico esperando”.
1.5
É uma suplica de alguém que se baseia na misericórdia de Deus. V.7
“Porém eu, pela riqueza da tua misericórdia, entrarei na tua casa e me
prostrarei diante do teu santo templo, no teu temor”.
a) O crente só ora a Deus porque a misericórdia do Senhor é rica. V.7a
“Porém eu, pela riqueza da tua misericórdia [...]”
b) O crente só ora a Deus porque a misericórdia do Senhor nos aproxima Dele
em temor. V.7b
“[...] entrarei na tua casa e me prostrarei diante do teu santo templo,
no teu temor”.
2.
O DEUS A QUEM É DIRIGIDA A ORAÇÃO. V.4-6, 8, 9,10
2.1
Ele é separado de todo o mal. V.4
“Pois tu não és Deus que se agrade com a iniqüidade, e contigo não
subsiste o mal”.
a) Deus não é autor do pecado. I Jo 3.5
“Sabeis também que ele se manifestou para tirar os pecados, e nele não
existe pecado”.
b) Deus não pode ser tentado pelo pecado. Tg 1.13a
“Ninguém, ao ser tentado, diga: Sou tentado por Deus; porque Deus não
pode ser tentado pelo mal [...]”
c) Deus não leva ninguém ao pecado. Tg 1.13b
“[...] e ele mesmo a ninguém tenta”.
2.2
Ele pune o pecado. V.5-6, 9, 10
a) Ele pune a todos os arrogantes que teimam em não
reconhecer os seus pecados. V.5
“Os arrogantes não
permanecerão à tua vista; aborreces a todos os que praticam a iniqüidade”.
b) Ele pune a todos os mentirosos. V.6a
“Tu destróis os que
proferem mentira [...]”
c) Ele pune a todos os sanguinários. V.6b
“[...] o SENHOR abomina
ao sanguinário [...]”
d) Ele pune a todos os corruptos. V.6c
“[...] e ao
fraudulento”.
e) Ele pune os hipócritas. V.9
“Pois não têm eles
sinceridade nos seus lábios; o seu íntimo é todo crimes; a sua garganta é
sepulcro aberto, e com a língua lisonjeiam”.
f) Ele pune eles por causa dos seus pecados. V.10
“Declara-os culpados, ó
Deus; caiam por seus próprios planos. Rejeita-os por causa de suas muitas
transgressões, pois se rebelaram contra ti”.
2.3
Ele é totalmente justo. V. 8
a) Ele guia o seu servo na sua justiça distinguindo-o dos seus adversários.
V.8a
“SENHOR, guia-me na tua justiça, por causa dos meus adversários [...]”
b) Ele guia o seu servo na sua justiça, retirando dele aquilo que não é
direito. V.8b
“[...] endireita diante de mim o teu caminho”.
3.
O RESULTADO QUE TRAZ A VIDA DE ORAÇÃO. V.11-12
3.1
Uma vida de oração resulta em grande alegria para quem ora ao Senhor.
V.11a
“Mas regozijem-se todos os que confiam em ti; folguem de júbilo para
sempre [...]”
a) A alegria do cristão que ora é ultra-circunstancial, ou seja, podemos
orar em toda e qualquer circunstância. Hc 3.17-19
“[17] Ainda que a
figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e
os campos não produzam mantimento; as ovelhas sejam arrebatadas do aprisco, e
nos currais não haja gado, [18] todavia,
eu me alegro no SENHOR, exulto no Deus da minha salvação. [19] O SENHOR Deus é a minha fortaleza, e faz os meus pés como
os da corça, e me faz andar altaneiramente. Ao mestre de canto. Para
instrumentos de cordas”.
b) A alegria do cristão que ora é uma oportunidade de testemunhar sobre
Cristo para outros. Fp 4.4-5
“[4] Alegrai-vos sempre
no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos. [5] Seja
a vossa moderação conhecida de todos os homens. Perto está o Senhor”.
3.2
Uma vida de oração resulta em experimentar a proteção do Senhor. V.11b
“[...] porque tu os defendes [...]”
a) Deus na sua soberania realiza livramentos dos seus servos por meio da
oração. At 12.5-8
“[5] Pedro, pois, estava
guardado no cárcere; mas havia oração incessante a Deus por parte da igreja a
favor dele. [6] Quando Herodes
estava para apresentá-lo, naquela mesma noite, Pedro dormia entre dois
soldados, acorrentado com duas cadeias, e sentinelas à porta guardavam o
cárcere. [7] Eis, porém, que
sobreveio um anjo do Senhor, e uma luz iluminou a prisão; e, tocando ele o lado
de Pedro, o despertou, dizendo: Levanta-te depressa! Então, as cadeias
caíram-lhe das mãos. [8] Disse-lhe
o anjo: Cinge-te e calça as sandálias. E ele assim o fez. Disse-lhe mais: Põe a
capa e segue-me”.
b) Deus na sua soberania abre os nossos olhos para o seu poder protetor por
meio da oração. II Rs 6.15-17
“[15] Tendo-se levantado
muito cedo o moço do homem de Deus e saído, eis que tropas, cavalos e carros
haviam cercado a cidade; então, o seu moço lhe disse: Ai! Meu senhor! Que
faremos? [16] Ele respondeu:
Não temas, porque mais são os que estão conosco do que os que estão com eles. [17] Orou Eliseu e disse: SENHOR,
peço-te que lhe abras os olhos para que veja. O SENHOR abriu os olhos do moço,
e ele viu que o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo, em redor de
Eliseu.
3.3
Uma vida de oração resulta em demonstração de amor do crente para com o
Senhor. V.11c
“[...] e em ti se gloriem os que amam o teu nome”.
a) O amor ao Senhor deve ser expresso por palavras. Sl 116.1
“Amo o SENHOR, porque ele ouve a
minha voz e as minhas súplicas”.
b) O amor ao Senhor deve ser expresso por atitudes. Jo 14.21
“Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e
aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me
manifestarei a ele”.
c) O amor ao Senhor deve ser expresso no amor pelo próximo. I Jo 4.20-21
“[20] Se alguém disser: Amo a
Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso; pois aquele que não ama a seu irmão, a
quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê. [21] Ora, temos, da parte dele, este mandamento: que aquele
que ama a Deus ame também a seu irmão”.
3.4
Uma vida de oração resulta em uma vida abençoada pelo Senhor. V.12
“Pois tu, SENHOR, abençoas o justo e, como escudo, o cercas da tua
benevolência”.
a) A benção de Deus é nos dada por uma busca diária. Mt 6.11
“O pão nosso de cada dia dá-nos
hoje”
b) A benção de Deus é nos dada de maneira plena em Cristo. Rm 15.29
“E bem sei que, ao visitar-vos, irei na plenitude da
bênção de Cristo”.
CONCLUSÃO
Aprendemos
neste estudo algumas lições sobre oração, as quais foram assim descritas: Primeira, A REALIDADE DA VIDA DE
ORAÇÃO; Segunda, O DEUS A QUEM É
DIRIGIDA A ORAÇÃO; Terceira, O
RESULTADO QUE TRAZ A VIDA DE ORAÇÃO. Você tem orado? Saiba que a oração é
imprescindível para se obter piedade na vida e fervor espiritual. Busque! Faça
um propósito de buscar ao Senhor todos os dias a partir de agora. Amém!
AUTOR: Veronilton Paz da Silva - Missionário Licenciado ao Ministério da Palavra pelo PRVP; Missionário Presbiteriano na cidade de Sumé-PB; Bacharel em Teologia; Licenciado em Letras - Língua Portuguesa; Formação Presbiteriana de Evangelista/Missionário; Pos Graduando em Estudos Teológicos pelo CPAJ/Mackenzie.
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