TEXTO: SALMOS 1
“[1] Bem-aventurado o homem que não
anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se
assenta na roda dos escarnecedores. [2] Antes,
o seu prazer está na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite. [3] Ele é como árvore plantada
junto a corrente de águas, que, no devido tempo, dá o seu fruto, e cuja
folhagem não murcha; e tudo quanto ele faz será bem sucedido. [4] Os ímpios não são assim; são,
porém, como a palha que o vento dispersa. [5] Por
isso, os perversos não prevalecerão no juízo, nem os pecadores, na congregação
dos justos. [6] Pois o SENHOR
conhece o caminho dos justos, mas o caminho dos ímpios perecerá”.
INTRODUÇÃO
Há uma experiência química
sobre a água e óleo, o resultado é que se sabe que eles não se unem, mesmo no
mesmo ambiente eles não se unem de forma alguma, da mesma forma que o justo não
tem como se unir com o ímpio. O livro dos Salmos teve vários autores como Davi,
Salomão, filhos de Corá, filhos de Asafe, Etã e outros vários desconhecidos.
Este livro é o hinário oficial de Israel e de algumas igrejas reformadas, são
trazidas algumas verdades fundamentais que são: 1. Deus merece todo o louvor;
2. Deus protege e resgata os justos nas suas necessidades; 4. Deus abençoa o
justo e pune o desobediente; 5. A revelação de Deus é o fundamento da adoração;
6. A adoração também pode ser fruto de experiências com Deus. Este Salmo
aparece no saltério como cântico de entrada no templo. Alerta sobre o valor que
o adorador precisa dar à Lei de Deus, ao passo que os ímpios não querem nada
com Deus, rejeitam a sua Lei, aborrecem a Deus e será punidos. Sobre esta
relação antagônica entre justos e ímpios iremos falar tendo como base o tema
abaixo.
TEMA: OS JUSTOS E OS
ÍMPIOS, UMA RELAÇÃO ANTAGÔNICA
1. O JUSTO É ABENÇOADO. V.1-3
1.1 O que ele não faz. V.1
“Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se
detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores”.
v Ele não compactua com as opiniões contrarias á Palavra de
Deus. V.1a
“Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios [...]”
v Ele não compactua com as práticas contrarias á Palavra de
Deus. V.1b
“Bem-aventurado o homem que [...] não se detém no caminho dos pecadores
[...]”
v Ele não compactua com as companhias contrárias à Palavra
de Deus. V.1c
“Bem-aventurado o homem que [...] nem se assenta na roda dos
escarnecedores”.
1.2 O que ele faz. V.2
“Antes, o seu prazer está na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e
de noite”.
v Ele tem todo o seu prazer na Lei do Senhor. V.2a
“Antes, o seu prazer está na lei do SENHOR [...]”
v Ele medita de maneira constante na Lei do Senhor. V.2b
“[...] e na sua lei medita de dia e de noite”.
1.3 Porque Ele faz. V.3
“Ele é como árvore plantada junto a corrente de águas, que, no devido
tempo, dá o seu fruto, e cuja folhagem não murcha; e tudo quanto ele faz será
bem sucedido”.
v A vida cristã inicia quando somos plantados por Deus no
seu reino. V.3a
“Ele é como árvore plantada [...]”
v A vida cristã continua porque somos regados pela água do
Espírito Santo. V.3b
[...] junto a corrente de águas [...]”
v A vida cristã tem frutos que evidenciam a sua salvação.
V.3c
[...] que, no devido tempo, dá o seu fruto [...]”
v A vida cristã tem verdor e alegria que atestam ser uma
pessoa abençoada. V.3d
“[...] e cuja folhagem não murcha; e tudo quanto ele faz será bem
sucedido”.
a)
O cristão não murcha, ele tem sempre paciência na aflição. Rm 12.12
“Regozijai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, na
oração, perseverantes”
b)
O cristão não murcha, ele tem gratidão sempre. I Ts 5.18
“Em tudo, dai graças, porque esta é a vontade de Deus em
Cristo Jesus para convosco”.
c)
O cristão não murcha, ele tem sempre uma palavra oportuna. Cl 4.5-6
“[5] Portai-vos com sabedoria para
com os que são de fora; aproveitai as oportunidades. [6] A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para
saberdes como deveis responder a cada um”.
2. O ÍMPIO É AMALDIÇOADO. V.4-5
2.1 O ímpio é como palha.
V.4
v Os ímpios não são iguais aos justos V.4a
“Os ímpios não são assim [...]”
v Os ímpios não possuem
firmeza espiritual. V. 4b
“[...] são, porém, como a palha que o vento dispersa”.
2.2 O ímpio será condenado. V.5a
“Por isso, os perversos não prevalecerão no juízo [...]”
v A condenação do ímpio será por rejeitar a Palavra de
Deus. Jo 12.47-48
“[47] Se alguém ouvir as minhas
palavras e não as guardar, eu não o julgo; porque eu não vim para julgar o
mundo, e sim para salvá-lo. [48] Quem
me rejeita e não recebe as minhas palavras tem quem o julgue; a própria palavra
que tenho proferido, essa o julgará no último dia”.
v A condenação do ímpio será por não crer em Jesus. Jo 3.18
“Quem nele crê não é
julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito
Filho de Deus”.
v A condenação do ímpio será por negar a Jesus. Mt 10.32-33
“[32] Portanto, todo aquele que me
confessar diante dos homens, também eu o confessarei diante de meu Pai, que
está nos céus; [33] mas aquele
que me negar diante dos homens, também eu o negarei diante de meu Pai, que está
nos céus”.
v A condenação do ímpio será eterna. Mt 3.12
“A
sua pá, ele a tem na mão e limpará completamente a sua eira; recolherá o seu
trigo no celeiro, mas queimará a palha em fogo inextinguível”.
2.3 O ímpio será separado do justo. V.5b
“[...] nem os pecadores, na congregação dos justos”.
v A separação entre o ímpio do justo é feita pela pregação
do evangelho. At 13.46-48
[46] Então, Paulo
e Barnabé, falando ousadamente, disseram: Cumpria que a vós outros, em primeiro
lugar, fosse pregada a palavra de Deus; mas, posto que a rejeitais e a vós
mesmos vos julgais indignos da vida eterna, eis aí que nos volvemos para os
gentios. [47] Porque o Senhor
assim no-lo determinou: Eu te constituí para luz dos gentios, a fim de que
sejas para salvação até aos confins da terra. [48] Os gentios, ouvindo isto, regozijavam-se e glorificavam a
palavra do Senhor, e creram todos os que haviam sido destinados para a vida
eterna.
v A separação entre o ímpio do justo será feita de maneira
definitiva no juízo final. II Ts 1.9
“Estes sofrerão penalidade
de eterna destruição, banidos da face do Senhor e da glória do seu poder”
3. O JUSTO É DIFERENTE DO ÍMPIO POR CAUSA DE DEUS. V.6
3.1 O Senhor conhece o caminhos dos justos (v.6a). O que isto
implica para nós?
Para Spurgeon este
conhecimento de Deus é soberano e implica em três vertentes:
v Deus conhece o seu caráter: Um conhecimento de observação
e aprovação. Jó 1.6-8
“[6] Num dia em que os filhos de
Deus vieram apresentar-se perante o SENHOR, veio também Satanás entre eles. [7] Então, perguntou o SENHOR a
Satanás: Donde vens? Satanás respondeu ao SENHOR e disse: De rodear a terra e
passear por ela. [8] Perguntou
ainda o SENHOR a Satanás: Observaste o meu servo Jó? Porque ninguém há na terra
semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desvia do mal”.
v Deus conhece por meio
de uma fonte: Sua onisciência e pelo amor infinito.
“[1] SENHOR, tu me sondas e me
conheces. [2] Sabes quando me
assento e quando me levanto; de longe penetras os meus pensamentos. [3] Esquadrinhas o meu andar e o
meu deitar e conheces todos os meus caminhos. [4] Ainda a palavra me não chegou à língua, e tu, SENHOR, já a
conheces toda” (Sl 139.1-4).
“De longe se me deixou ver o
SENHOR, dizendo: Com amor eterno eu te amei; por isso, com benignidade te atraí”
(Jr 31.3).
v Deus conhece os seus resultados: Sustento, livramento,
aceitação e, por fim a glória. Sl 73.23-24
“[23] Todavia, estou sempre
contigo, tu me seguras pela minha mão direita. [24] Tu me guias com o teu conselho e depois me recebes na
glória”.
3.2 O Senhor faz perecer o caminho dos ímpios (v.6b). “[...] mas o caminho dos ímpios
perecerá”.
v O ímpio segue um caminho de pecado. Jd. V.11
“Ai deles! Porque
prosseguiram pelo caminho de Caim, e, movidos de ganância, se precipitaram no
erro de Balaão, e pereceram na revolta de Corá”.
v O ímpio segue um caminho de ilusão. Pv 14.12
“Há caminho que ao homem
parece direito, mas ao cabo dá em caminhos de morte”.
v O ímpio segue um caminho de morte e perdição.
“[13] Entrai pela porta estreita
(larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz para a perdição, e são
muitos os que entram por ela), [14] porque
estreita é a porta, e apertado, o caminho que conduz para a vida, e são poucos
os que acertam com ela”.
CONCLUSÃO
Esta mensagem tratou
sobre a relação antagônica que existe entre o justo e o ímpio, trabalhamos as
seguintes lições: Primeira, O Justo é
Abençoado: Vimos primeiro o que ele não faz: Não compactua com opiniões,
praticas ou companhias contrarias á palavra de Deus; Depois vimos o que ele
faz: tem prazer na lei de Deus e medita nela; após observamos porque Ele faz
vimos que: Ele faz porque foi plantado por Deus, Regado pelo Espírito Santo,
porque os frutos evidenciam aos homens que serve a Deus e, porque o seu verdor
e alegria demonstram a benção de Deus sobre ele. Segunda, o Ímpio é Amaldiçoado: Vimos que O ímpio é como palha e
por isto é diferente do justo e sem firmeza espiritual; Observamos que o ímpio
será condenado por rejeitar a Palavra de Deus, pela sua incredulidade, pela sua
negação do nome de Jesus e, isto será de maneira eterna; exaurimos que o ímpio será
separado do justo pela pregação da Palavra e de maneira e de maneira definitiva
no juízo final. Terceiro, o Justo é
Diferente do Ímpio por Causa de Deus: foi explicado que o Senhor conhece o
caminho dos justos, conhecendo assim seu caráter e aprovação, conhece por causa
da sua onisciência e amor infinito e, conhece também os resultados deste conhecer
que é livrar, sustentar, livrar, aceitar e levar até a glória; Observamos
também que Ele faz perecer o caminho dos ímpios porque o ímpio segue um caminho
de pecado, ilusão e de, morte e perdição. Observando isto você é justo ou ímpio?
Você já está andando com Jesus? Já tem prazer em seguir seus ensinos. Se você está
em duvida, volte-se para o Senhor hoje mesmo em Nome de Jesus.
REFERÊNCIAS
ALLAN, Denis. Estudo nos
salmos. São Paulo: Semeadores, 2010.
CALVINO, João. Comentário
Sobre os Salmos. São Paulo: Fiel, 2007.
CHAMPLIN, N. Russel.
Comentário do Velho Testamento Versículo por Versículo. Venda Nova: Candeia,
2005.
SPURGEON, Charles
Haddon. Comentário Sobre os Salmos. São Paulo: Shedd Publicações, 2010.
AUTOR: Veronilton Paz da Silva – Licenciado ao Sagrado Ministério
pelo PRVP; Missionário Presbiteriano na Cidade de Sumé-PB; Bacharel em
Teologia; Licenciatura Plena em Letras - Língua Portuguesa; Formação de
evangelista/Missionario pelo CPO/IBN e CEIBEL.
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