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quarta-feira, 16 de março de 2022

OS SETE BRADOS DO SALVADOR NA CRUZ DO CALVÁRIO: O QUARTO BRADO: O BRADO DE ANGÚSTIA

TEXTO: MATEUS 27.46

“Por volta da hora nona, clamou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lamá sabactâni? O que quer dizer: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?

INTRODUÇÃO

Estamos dando uma série de mensagens sobre os Sete Brados do salvador na Cruz. Vimos que o primeiro brado foi de perdão; o segundo, de salvação, o terceiro, de afeição, hoje trataremos sobre o quarto brado, de angústia que é uma profecia do Salmo 22. Sobre este assunto, extrairemos algumas lições tendo como base o assunto e tema expostos.

ASSUNTO: OS SETE BRADOS DO SALVADOR NA CRUZ DO CALVÁRIO

TEMA: O QUARTO BRADO – O BRADO DE ANGÚSTIA

1. A ANGÚSTIA DE CRISTO FOI PORQUE TOMOU SOBRE SI NOSSO PECADO.

a) Aqui vemos a malignidade do pecado e o caráter de seu salário. Rm 6.23

A Escritura afirma que o pecado gera a morte, vejamos: “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Rm 6.23). A palavra morte usada aqui vem do grego “thanatos” e significa separação. Há três tipos de mortes: a) Morte física que é a separação do corpo do espírito (Tg 2.26). b) Morte espiritual que é a separação do homem de Deus (Ef 2.1). c) morte eterna que é a separação eterna de Deus (Jo 11.25,26). A angústia de Cristo era experimentando nossa morte por causa dos nossos pecados para nos libertar do pecado e nos oferecer vida eterna.

b) Aqui vemos a inabalável fidelidade a Deus do Salvador. Fp 2.8

Jesus foi fiel e obediente ao plano proposto por Deus até o momento crucial da sua vida, que foi a morte na cruz, mesmo sendo esquecido na cruz por causa dos nossos pecados, mas não voltou atrás, sobre isso Paulo afirma: “A si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz” (Fp 2.8). Jesus enfrentou tudo isso, até a angústia por causa dos meus e dos seus pecados. E nós o que faremos por Ele? Já é crente, evangelize, viva em santidade. Não é crente, se converta a Ele!

c) A sua angústia demonstra o seu amor ao morrer por nós. Jo 15.13

Ele foi angustiado na cruz assumindo o nosso lugar, fez isso porque nos amou, conforme Ele mesmo declarou aos seus discípulos: “Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos” (Jo 15.13). O brado de angústia de Cristo aconteceu para que nós fossemos acolhidos por seu amor. Jesus nos amou e naquela cruz escolheu ser angustiado em nosso lugar. QUE AMOR É ESSE?

2. A ANGÚSTIA DE CRISTO FOI PORQUE FOI ABANDONADO PELO PAI.

a) Aqui vemos a absoluta santidade e a inflexível justiça de Deus. Na 1.3

Deus é um juiz santo e justo, sendo assim não pode ver o pecado e não punir, devido a isto o profeta inspirado fala: “O Senhor é tardio em irar-se, mas grande em poder e jamais inocenta o culpado; o Senhor tem o seu caminho na tormenta e na tempestade, e as nuvens são o pó dos seus pés” (Na 1.3). Deus não inocenta o culpado, mas ele também é um Pai amoroso, então, colocou a angústia do nosso pecado na cruz sobre Jesus, fazendo-o culpado em nosso lugar. Devido a isto, Ao olhar para cruz, Deus enxergou o nosso pecado sobre o Filho e virou as costas para Ele, por isso Jesus grita na cruz: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? (Mt 27.46). Este seria nosso grito no inferno, mas Jesus assumiu nosso inferno na cruz para que recebêssemos o céu!!! ALELUIA!!!

b) Aqui vemos a separação que o pecado faz de Deus. Is 59.2

O pecado fez a pior coisa que poderia acontecer com o ser humano, a separação de Deus, conforme Isaías relata: “Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça” (Is 59.2). O brado de angústia na cruz foi de separação do Pai, Ele estava sozinho na cruz, nosso pecado o separou do Pai para que nós nos uníssemos ao Pai para sempre. Se você ainda não tem Cristo, estás separado de Deus, mas se você hoje entregar hoje sua vida a Cristo, abandonando o pecado receberás Dele a vida eterna e o brado de angústia será substituído pelo de alegria.

c) Aqui vemos o alerta de Deus para que não vivamos em pecado. Jo 8.21

O pecado traz a condenação para quem vive e morre nesta prática, Cristo alertou as pessoas sobre isso: “De outra feita, lhes falou, dizendo: Vou retirar-me, e vós me procurareis, mas perecereis no vosso pecado; para onde eu vou vós não podeis ir” (Jo 8.21). O brado de angústia de Cristo na cruz substitui o grito de desespero que daríamos no inferno, mas todo aquele que rejeitar Jesus dará gritos desesperados no inferno e será tarde demais. Lembre do grito de angústia de Cristo na cruz e lembre que este pode ser seu grito no tormento eterno. Ainda há chance para você, abrace o tempo da oportunidade antes que seja tarde demais!

3. A ANGÚSTIA DE CRISTO ABRIU A PORTA PARA NOSSA FELICIDADE ETERNA

a) Ele na sua angústia abriu o caminho para recebermos a sua justiça. II Co 5.21

Cristo nos substitui na cruz tomando o nosso pecado sobre si e nos imputando sua justiça, vejamos: “Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus” (II Co 5.21). O brado de angústia que Cristo deu na cruz era o grito da nossa culpa, nós como culpados merecíamos o desprezo de Deus, Cristo como filho merecia o apreço de Deus. Na cruz aconteceu o oposto, Jesus tomou nossa culpa e nos ofereceu sua justiça. Devido a isto, ao olhar para cruz, Deus não viu seu Filho, mas nosso pecado e desprezou o Filho; quando Deus olha para os que pertencem a Cristo, Ele não vê nosso pecado, mas a justiça do seu Filho e nos aceita.

b) Ele na sua angústia abriu o caminho ao céu para todos os que Nele creem. Hb

Quando Cristo derramou seu sangue na cruz, Ele abriu um caminho vivo e permanente ao céu, vejamos: 19 Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus, 20 pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne” (Hb 10.19,20). Ao dar seu brado de angústia, Jesus estava abrindo o caminho para que todos os seus tivessem acesso à felicidade eterna através do caminho aberto no céu pelo seu sangue. O brado de angústia de Cristo nos abriu a porta para o brado de felicidade eterna pelo novo e vivo caminho que Ele preparou.

c) Ele na sua angústia abriu a porta para que fossemos aceitos por Deus. Rm 5.10

As Escrituras afirmam que o homem no seu estado natural é inimigo de Deus, sendo assim não pode ser aceito por Deus, mas quando Cristo o reconciliou com o Deus, Este o aceitou, vejamos: “Porque, se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte do seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida” (Rm 5.10). O brado de angústia de Cristo na cruz fazia parte do plano de Deus para nos salvar. Seu brado era de alguém que foi desprezado por Deus para que nós fossemos aceitos por Ele.

CONCLUSÃO

Arthur W. Pink no livro Os Sete Brados do Salvador na Cruz faz uma aplicação que queremos aqui transcrever: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” Eis aqui um Brado de Desolação — Leitor, possa você nunca ecoá-lo. Eis aqui um Brado de Separação — Leitor, possa você jamais experimentá-lo. Eis aqui um Brado de Expiação — Leitor, possa você apropriar-se de suas virtudes salvíficas. O brado de angústia de Jesus na cruz foi de desolação e separação de Deus, mas fez tudo isso para não precisarmos dar gritos de desespero no inferno. Ele assumiu nosso lugar, nosso inferno na cruz. Hoje você pode aceitar o Jesus que bradou de angústia na cruz e viver eterna felicidade ou pode rejeitá-lo e viver dando brados de angústias eternamente no inferno. Qual sua decisão?

REFERÊNCIAS

Bíblia de Estudo Genebra. 2 Ed. Ampl. São Paulo: Cultura Cristã, 2010.

Bíblia Nova Almeida Atualizada. 3 Ed. Barueri – SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2018.

PINK, Arthur W. Os Sete brados do Salvador na Cruz do Calvário. Tradução Vanderson Moura da Silva. 1 Ed. São Paulo - SP: Monergismo, 2006

AUTOR: Pastor Veropnilton Paz da Silva

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