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domingo, 10 de abril de 2022

OS SETE BRADOS DO SALVADOR NA CRUZ: O QUINTO BRADO - O BRADO DE SOFRIMENTO

TEXTO: JOÃO 19.28-29

INTRODUÇÃO

Nós estamos tratando sobre uma série de mensagem sobre os brados que Cristo deu na cruz. Vimos que no primeiro brado foi o brado de perdão aos que o matavam; o segundo foi de salvação para um malfeitor moribundo; o terceiro foi o brado de afeição para sua mãe e João; o quarto foi de angustia quando foi abandonado pelo Pai para que nós fôssemos aceitos por Deus; hoje trabalharemos sobre o quinto brado de Jesus na cruz, que foi de sofrimento, tendo sede e recebendo aos invés de água, vinagre para que recebêssemos a água da vida (salvação). Extrairemos algumas lições tendo como base o assunto e tema propostos a seguir.

ASSUNTO: OS SETE BRADOS SALVADOR NA CRUZ DO CALVÁRIO

TEMA: QUINTO BRADO – O BRADO DE SOFRIMENTO.

I. O SOFRIMENTO DE CRISTO ATESTA QUE ELE É HUMANO: TENHO SEDE.

1. Os sofrimentos de Cristo e a sua sede como ser humano. O quinto brado de Cristo na cruz foi: “Tenho sede”, este revela a sua humanidade, pois somente homens podem ter sede, Jesus como homem que se tornou na encarnação (Jo 1.14), revela sem sombra de dúvidas que Ele tinha uma natureza humana, estava ali exposto ao sol na cruz, devido a isto teve sede. Ele é o nosso representante, devido a isto, tornou-se homem e sofreu nossas dores, até mesmo nossa sede.

2. O sofrimento de Cristo e a sua sede cumpriu todas as Escrituras. Quando Cristo declarou sua sede ali estava cumprindo as Escrituras, pois esta passagem havia sido profetizada no Salmo 69.21: Por alimento me deram fel e na minha sede me deram a beber vinagre”, pois quando pediu água lhe deram vinagre, o seu sofrimento foi intensificado na cruz, mas tudo isso já estava no plano de Deus e revelado nas Escrituras, tudo que aconteceu a Jesus, inclusive as ações dos homens que o mataram já estava predeterminado por Deus (At 4.25-28).

3. O sofrimento de Cristo e a sua sede cumpre de modo submisso a vontade do Pai. Tudo o que aconteceu com o Filho estava em um plano soberano e eficaz do Pai para salvar todo o que Nele crê, vejamos: De fato, a vontade de meu Pai é que todo homem que vir o Filho e nele crer tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia” (Jo 6.40).O Filho cumpriu toda a vontade do Pai na cruz, inclusive o sofrimento, até mesmo a sua sede e o vinagre que lhe ofereceram, pois tomava nosso lugar para nos tirar o amargor da condenação e conceder a doçura do céu.

II. O SOFRIMENTO DE CRISTO NOS SUBSTITUI: TENHO SEDE.

1. A alma do homem tem uma sede que somente Deus pode satisfazer. O homem possui uma sede que nada nem ninguém pode saciar, exceto Jesus, vejamos: 1 Como suspira a corça pelas correntes das águas, assim, por ti, ó Deus, suspira a minha alma. 2 A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando irei e me verei perante a face de Deus? (Sl 42.1-2). Quando Jesus disse “tenho sede” estava fazendo de modo vicário, pois sua sede abria a porta para que nós pudéssemos saciar a sede da nossa alma.

2. Jesus assumiu a nossa sede na cruz para nos conceder a água da vida. Ao afirmar tenho sede, Jesus também estava fazendo um convite, pois Ele estava nos chamando para receber a água da vida, segundo o texto afirma: “O Espírito e a noiva dizem: Vem! Aquele que ouve, diga: Vem! Aquele que tem sede venha, e quem quiser receba de graça a água da vida” (Ap 22.17). Jesus convida-nos a experimentar o fim da sede espiritual, vejamos: a) A água da vida é ofertada pelo Espírito através da igreja (v.17a). b) Esta água deve ser oferecida individualmente por cada pessoa que já experimentou (v.17b). c) Os que ouvem precisam querer receber esta água da vida (v,17c). A sede de Jesus na cruz nos convida a sair da sede espiritual e receber a água da vida (vida eterna).

3. A água que Jesus oferece acaba a nossa sede de modo eficaz e eterno. Jesus teve sede na cruz para que nós fôssemos saciados eternamente, consoante o que o texto nos afirma: “Aquele, porém, que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna” (Jo 4.14). Ele nos oferece uma satisfação eterna, aquele que recebe a Jesus como seu Senhor e Salvador recebe a água da vida e nunca mais sua alma terá sede, mais uma fonte começa a jorrar para a vida eterna. Isto significa satisfação plena em Cristo e certeza de vida eterna. Você já tem esta certeza?

III. O SOFRIMENTO DE CRISTO NOS LIVROU DO SOFRIMENTO ETERNO.

1. Há uma sede eterna que o homem sofrerá no inferno: Condenação. Há um registro interessante sobre o inferno na história sobre o rico e Lázaro, vejamos: 22 Aconteceu morrer o mendigo e ser levado pelos anjos para o seio de Abraão; morreu também o rico e foi sepultado. 23 No inferno, estando em tormentos, levantou os olhos e viu ao longe a Abraão e Lázaro no seu seio. 24 Então, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim! E manda a Lázaro que molhe em água a ponta do dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama” (Lc 16.22-24). Aprendemos aqui que: a) A morte chega para todos (v.22). b) A morte inicia a eternidade no céu ou inferno (v.22-23). c) O homem sofrerá uma sede eterna no inferno que jamais será saciada (v.24). Pense hoje na sua eternidade, pois depois da morte será tarde demais.

2. Há uma sede eterna que já se demonstra no afastamento de Deus. A sede eterna e insaciável se dá porque o homem se afastou de Deus, como Deus é o manancial de águas vivas, se afastar Dele é viver uma sede eterna, segundo examinamos: “Porque dois males cometeu o meu povo: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm as águas” (Jr 2.13). O texto vai nos informar que o povo de Israel se afastou de Deus e devido a isto ficaram com sede (v.13a) e por se afastar do Senhor eles tentaram produzir sua própria satisfação para a sede, mas as suas tentativas são como cisternas rotas que não retém águas (v.13b). Como você está vivendo? Satisfeito em Deus ou insatisfeito por estar distante Dele?

3. Há apenas uma maneira de se livrar desta sede eterna: Por meio de Jesus. Jesus traz um desafio para os seres humanos, vejamos: 37 No último dia, o grande dia da festa, levantou-se Jesus e exclamou: Se alguém tem sede, venha a mim e beba. 38 Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva” (Jo 7.37-38). Jesus neste texto nos diz algumas verdades: a) Os seres humanos possuem uma sede espiritual (v.37a). b) Jesus convida todos que reconhecem sua sede espiritual para ir até Ele (v.37b). c) Somente recebe a satisfação espiritual aquele que crê em Jesus segundo as Escrituras (v.38). A sede de Jesus na cruz é um convite para saciarmos nossa sede espiritual Nele!

CONCLUSÃO

Jesus disse na cruz: “Tenho sede” como nosso substituto Ele estava tomando nossa sede na cruz para que nossa alma fosse satisfeita em Deus. O homem possui uma sede na alma que nada neste mundo pode satisfazer, devido a isto somente podemos ter nossa alma satisfeita entregando nossa vida a Cristo. Você já tem certeza de vida eterna? Se sua resposta é positiva então ande com Cristo e anuncie este evangelho para que outras pessoas tenham suas almas satisfeitas em Deus. Se sua resposta é negativa, você pode ainda hoje ter um encontro com Cristo e ter sua sede espiritual satisfeita e receber certeza de vida eterna. Você quer fazer isso hoje?

REFERÊNCIAS

Bíblia de Estudo Genebra. 2 Ed. Ampl. São Paulo: Cultura Cristã, 2010.

Bíblia Nova Almeida Atualizada. 3 Ed. Barueri – SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2018.

PINK, Arthur W. Os Sete brados do Salvador na Cruz do Calvário. Tradução Vanderson Moura da Silva. 1 Ed. São Paulo - SP: Monergismo, 2006.

AUTOR: Pastor Veronilton Paz da Silva

 

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