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sábado, 29 de janeiro de 2022

ESBOÇO DE SERMÃO BASEADO EM FILIPENSES 1.19-21

TEXTO: FILIPENSES 1.19-21

INTRODUÇÃO

O tempo (passado, presente e futuro) é o período contínuo no qual os eventos acontecem. Nós vimos na primeira mensagem que Paulo olhava para o presente com a ótica de Deus: Observando a soberania de Deus (v.12), observando que Deus nos coloca lugar e hora certos (v.112-13) e verificando se o nosso testemunho estimulou outros (vv.14-18). Nesta segunda mensagem iremos trabalhar sobre o olhar para o presente na perspectiva de Deus, faremos isso tendo como base o assunto e tema expostos.

ASSUNTO: A ALEGRIA DE OLHAR O TEMPO NA PERSPERCTIVA CORRETA

TEMA 2: OLHANDO PARA O PRESENTE NA ÓTICA DE DEUS.

I. QUANDO OLHAMOS O PRESENTE DEVEMOS TER CONFIANÇA

a) Confiamos em Deus porque Ele responde as nossas orações. V.19

Paulo vai nos informar que estava seguro do que Deus podia fazer através das orações do seu povo, vejamos: Porque estou certo de que isto mesmo, pela vossa súplica e pela provisão do Espírito de Jesus Cristo, me redundará em libertação” (v.19). A igreja de Filipos orava pela liberdade e ele saiu desta primeira prisão. Algumas lições sobre oração: I. A oração deve ser confiante (v.20a); II. A oração tem provisão do Espírito - Gr. Epihorégias, disposição (v.19b); III. Oração sincera e confiante tem resultado (v.19c).

b) Confiamos em Deus porque Ele honra a fé dos seus servos. V.20

Paulo vai dizer que tinha uma expectativa muito grande de que não passaria vergonha, mas que seria honrado, vejamos: Segundo a minha ardente expectativa e esperança de que em nada serei envergonhado; antes, com toda a ousadia, como sempre, também agora, será Cristo engrandecido no meu corpo, quer pela vida, quer pela morte” (v.20). Vergonha é o contrário de honra, Paulo ao afirmar que não seria envergonhado estava dizendo que seria honrado, pois Deus honra a fé dos seus servos, confiemos Nele!

c) Confiamos em Deus porque nossa vida está nas mãos Dele. V.20

Paulo vai demonstrar sua confiança no Senhor ao dizer que estava pronto para engrandecer Cristo na vida ou na morte, consoante a passagem informa: “Segundo a minha ardente expectativa e esperança de que em nada serei envergonhado; antes, com toda a ousadia, como sempre, também agora, será Cristo engrandecido no meu corpo, quer pela vida, quer pela morte” (v.20). Paulo sabia que sua vida estava nas mãos de Cristo, se ele vivesse ou morresse o honraria, Ele descobriu o segredo da felicidade e vida eterna, não temia a morte.

II. QUANDO OLHAMOS O PRESENTE DEVEMOS EXALTAR DEUS. V.20

a) Deus é exaltado na ousadia da pregação do cristão autêntico. V.20

A ousadiade Paulo  no falar sobre Cristo exaltava Cristo, observemos: “Segundo a minha ardente expectativa e esperança de que em nada serei envergonhado; antes, com toda a ousadia, como sempre, também agora, será Cristo engrandecido no meu corpo, quer pela vida, quer pela morte” (v.20). Quando um crente é ousado para anunciar Cristo, nosso Senhor é engrandecido (Gr. “Megalynthêstai”, exaltado grandemente) Pregue sobre Cristo com alegria, ousadia e fervor, Cristo será exaltado grandemente!

b) Deus é exaltado na vida do cristão autêntico. V.20

Além da Cristo ser exaltado na pregação ousada do crente verdadeiro, também é exaltado na sua vida, conforme está escrito: “Segundo a minha ardente expectativa e esperança de que em nada serei envergonhado; antes, com toda a ousadia, como sempre, também agora, será Cristo engrandecido no meu corpo, quer pela vida, quer pela morte” (v.20). Cristo é exaltado de forma grandiosa na vida e corpo odo crente, pois este vive com o seu corpo em santidade, buscando imitar Cristo. Você age assim?

c) Deus é exaltado na morte do cristão autêntico. V.20

Cristo é exaltado na ousadia, na vida e corpo, também é exaltado na morte do crente, vejamos: “Segundo a minha ardente expectativa e esperança de que em nada serei envergonhado; antes, com toda a ousadia, como sempre, também agora, será Cristo engrandecido no meu corpo, quer pela vida, quer pela morte” (v.20). Quando um cristão morre, ele também glorifica a Deus, como Jesus disse a Pedro que sua morte glorificaria a Deus pela sua morte (Jo 21.18-19), Paulo afirma igualmente que Cristo seria engrandecido com a dele.

III. QUANDO OLHAMOS PARA O PRESENTE DEVEMOS VIVER PARA CRISTO. V.21

a) Eu vivo para Cristo porque Ele morreu por mim. II Co 5.15

Paulo faz uma afirmação que enche nossa alma, dizendo: Porquanto, para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro” (v.21). Paulo descobriu que aquele Jesus que ele odiava era a razão da sua vida, e sua vida consistia em agradar a Ele, esta transformação aconteceu porque Cristo deu a vida por Ele e agora Paulo vivia para Cristo, vejamos: “E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou” (II Co 15.5). Jesus é a razão da sua vida? Priorize-o!

b) Eu vivo para Cristo tendo uma vida digna do evangelho. Cl 1.10

Paulo ao afirmar que o seu viver era Cristo (v.21) estava ao mesmo tempo falando de um grande privilégio que ter Jesus como a razão da sua vida, mas também de uma grande responsabilidade de viver como tal, conforme examinamos na passagem: A fim de viverdes de modo digno do Senhor, para o seu inteiro agrado, frutificando em toda boa obra e crescendo no pleno conhecimento de Deus” (Cl 1.10). Quando Cristo passa a ser a razão da nossa vida, não temos mais prazer no pecado, queremos agradá-lo!!! Como você vive?

c) Eu vivo para Cristo rendendo-me a Ele pela fé. Gl 2.20

Paulo disse que seu viver era Cristo (v.21), noutra passagem ele vai dizer que este é vivido pela fé, conforme o texto diz: “Logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim” (Gl 2.20). Quando Paulo creu em Jesus na estrada de Damasco, passou a ter uma nova vida, não mais de incerteza, mas de fé, agora que Ele encontrou seu maior tesouro, sua vida fez sentido, Ele passa a viver pela fé em Jesus!

APLICAÇÃO:

Devemos vislumbrar o presente: Confiando em Deus: Se você não ora, se não espera Deus honrar sua fé e não descansa nas mãos de Deus, você não confia! Vamos mudar isso! Exaltando a Deus: Se sua empolgação está mais na política e futebol do que falar de Jesus, reveja a sua fé, saiba que a vida do cristão exalta a Cristo, se seu testemunho de vida está impróprio não estás exaltando Cristo, o cristão louva a Cristo na vida e até na morte. Vivendo para Cristo: Cristo morreu para que você viva para ele, uma vida santa e que renda-se a Cristo pela fé. Já passou a viver totalmente para Cristo? Já tem certeza de salvação? Se sua resposta for sim, pregue o evangelho com palavras e com vida, se sua resposta for não, renda-se a Cristo ainda hoje e receberás a certeza plena da sua salvação. Você quer?

AUTOR: Pastor Veronilton Paz da Silva

sábado, 22 de janeiro de 2022

ESBOÇO DE SERMÃO TEMÁTICO BASEADO EM ATOS 26.26-29

TEXTO: ATOS 26.26-29

INTRODUÇÃO: Paulo, o terror da igreja do primeiro século, tem um encontro real com Cristo e experimenta uma verdadeira conversão, testemunhou do evangelho, plantou igrejas, mas ele foi preso pelo sinédrio judaico e foi levado para Cesaréia, ali deu testemunho para Félix e depois Herodes Agripa, Herodes Agripa disse uma frase que devemos pensar nela: Então, Agripa se dirigiu a Paulo e disse: “Por pouco me persuades a me fazer cristão” (v.28), ele estava em cima do muro.

TEMA: SER QUASE SALVO É ESTAR TOTALMENTE PERDIDO

1.  PAULO DE QUASE PERDIDO, FOI TOTALMENTE SALVO.

a) Paulo andava perdido:  I) Ele odiava o nome de Jesus: Na verdade, a mim me parecia que muitas coisas devia eu praticar contra o nome de Jesus, o Nazareno” (At 26.9). II) Paulo perseguia a fé Cristã: Saulo, porém, assolava a igreja, entrando pelas casas; e, arrastando homens e mulheres, encerrava-os no cárcere” (At 8.3)”. III) Paulo Queria destruir a igreja: Porque ouvistes qual foi o meu proceder outrora no judaísmo, como sobremaneira perseguia eu a igreja de Deus e a devastava” (Gl 1.13).

b) Paulo conheceu a Jesus: I) Paulo foi salvo pela fé em Cristo: “Logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim” (Gl 2.20). II) Paulo se uniu aos cristãos: “Mas Barnabé, tomando-o consigo, levou-o aos apóstolos; e contou-lhes como ele vira o Senhor no caminho, e que este lhe falara, e como em Damasco pregara ousadamente em nome de Jesus. Estava com eles em Jerusalém, entrando e saindo, pregando ousadamente em nome do Senhor” (At 9.26-28) III) Paulo precisou tomar uma decisão: Sim, deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; por amor do qual perdi todas as coisas e as considero como refugo, para ganhar a Cristo” (Fp 3.8).

2. HERODES AGRIPA DE QUASE SALVO, FOI TOTALMENTE PERDIDO.

a) Agripa ouviu sobre o poder de Jesus que salvou Paulo. Herodes Agripa I ouviu Paulo contar seu testemunho e ouviu Paulo dizer que o Antigo Testamento como a Lei e os profetas testificavam sobre Jesus, o rei citado cria no AT como diz o texto: Acreditas, ó rei Agripa, nos profetas? Bem sei que acreditas” (At 26.27). O rei conhecia a Lei e os profetas, teve a oportunidade de ouvir o evangelho, mas somente ouvir não resolve, precisamos praticar.

b) Agripa teve a oportunidade de dizer sim para o Jesus que salvou Paulo. O rei Agripa ouviu e entendeu a mensagem, pois ele afirmou: Então, Agripa se dirigiu a Paulo e disse: Por pouco me persuades a me fazer cristão” (At 26.28). Aquele homem teve a maior oportunidade da vida dele, se ele quisesse poderia dizer sim, aceitar aquele Jesus poderoso que mudou a vida de Paulo. Deus também nos dá esta oportunidade todos os dias.

c) Agripa disse não ao evangelho, ele não se rendeu ao Cristo que salvou Paulo.  O rei disse que por pouco Paulo não se tornou um cristão (v.28), mas faltou algo para ele ter a salvação, foi a decisão de servir a Cristo, porém, o ele simplesmente se levantou e saiu, vejamos: “A essa altura, levantou-se o rei, e também o governador, e Berenice, bem como os que estavam assentados com eles” (At 26.30). Você poder ser filho, neto e bisneto de crente, pode estar “quase salvo”, mas se não crê em Jesus será eternamente perdido.

3. NÓS! QUAL A NOSSA SITUAÇÃO DIANTE DE DEUS.

a) O Homem quer ficar em cima do muro. O povo de Israel estava dividido entre servir a Deus ou a Baal e Elias deu um “carão” no povo desafiando-os a sair de cima do muro, vejamos: “Então, Elias se chegou a todo o povo e disse: Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o; se é Baal, segui-o. Porém o povo nada lhe respondeu” (I Rs 18.21). Não podemos coxear entre dois pensamentos, isto é, o homem não pode ficar em cima do MURO, pois isto significa estar também longe de Cristo.

b) O homem que fica em cima do muro está condenado. A Escritura afirma que Deus não aceita dividir a sua glória com ninguém, ele não aceita uma entrega pela metade, mas somente se for de todo coração (Jr 29.13), não podemos ao mesmo tempo servir a Deus e a outras coisas, vejamos: Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas” (Mt 6.24). Ficar em cima do muro é caminhar para condenação. Você está em cima do muro?

b) O Homem precisa tomar uma decisão urgente. O ser humano precisa tomar uma decisão urgente de entregar-se a Cristo: Então, Jesus lhe disse: Hoje, houve salvação nesta casa, pois que também este é filho de Abraão’ (Lc 19.9). O dia da salvação é hoje, pois a vida aqui é breve (Sl 90.9), não sabemos o dia de amanhã (Tg 4.14), Deus nos deu a vida (Gn 2.7), podemos partir para nos encontrarmos com Ele a qualquer momento e comparecermos perante o seu tribunal (II Co 5.10). Tome a decisão urgentemente renda-se a Cristo!

CONCLUSÃO: Esta mensagem tratou sobre o rei Herodes Agripa I que ouviu o evangelho da boca de Paulo e, mesmo sabendo a verdade das Escrituras Proféticas que se referiam a Cristo, ele disse que por pouco não se tornaria um cristão, ou seja, ele foi quase salvo e ser quase é está totalmente perdido. Você que conhece o evangelho, tem ouvido dia após dia, tome uma decisão urgente. Você é ou não é! SAIA DE CIMA DO MURO!!!

AUTOR: Pastor Veronilton Paz

quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

ESBOÇO DE SERMÃO BASEADO EM FILIPENSES 1.12-18

TEXTO: FILIPENSES 1.12-18

ASSUNTO: A ALEGRIA DE OLHAR O TEMPO NA PERSPERCTIVA CORRETA

TEMA 1: OLHANDO PARA O PASSADO NA ÓTICA DE DEUS.

INTRODUÇÃO

Paulo continua tratando sobre a alegria que invadiu seu coração desde o dia que ele encontrou Cristo na estrada de Damasco, agora Paulo busca vislumbrar o tempo com esta alegria que Deus colocou no seu coração, vamos aprender com cada um dos tempos: Passado, presente e Futuro, bem como com a reação de Paulo com estes.

I. QUANDO OLHAMOS O PASSADO DEVEMOS OBSERVAR A SOBERANIA DE DEUS. V.12

O apóstolo Paulo nos informa sua crença na soberania de Deus, pois olhou para todos os acontecimentos como benéficos, vejamos: Quero ainda, irmãos, cientificar-vos de que as coisas que me aconteceram têm, antes, contribuído para o progresso do evangelho” (v.12), Paulo demonstrou que Deus é soberano na sua vida até mesmo nas prisões, apedrejamentos, surras, desprezo. Sobre a soberania de Deus observamos que:

a) Deus é soberano sobre todas as coisas.

Nabucodonosor reconheceu a grandeza de Deus vejamos: 34 Mas ao fim daqueles dias, eu, Nabucodonosor, levantei os olhos ao céu, tornou-me a vir o entendimento, e eu bendisse o Altíssimo, e louvei, e glorifiquei ao que vive para sempre, cujo domínio é sempiterno, e cujo reino é de geração em geração. 35 Todos os moradores da terra são por ele reputados em nada; e, segundo a sua vontade, ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Que fazes? (Dn 4.34-35). Sobre a soberania de Deus aprendemos: I. Ele vive para sempre (v.34a). II. Ele governa para sempre (v.34b). III. Ele governa sobre a terra e o céu (v.35a). IV. Ele governa de modo poderoso e irresistível (v.35b)

b) O homem é responsável por todas as suas escolhas. At 4.27-28

Quando vai tratar da morte de Cristo, Lucas vai informar que a soberania não anula a responsabilidade humana, observemos a seguinte passagem: 27 Porque verdadeiramente se ajuntaram nesta cidade contra o teu santo Servo Jesus, ao qual ungiste, Herodes e Pôncio Pilatos, com gentios e gente de Israel, 28 para fazerem tudo o que a tua mão e o teu propósito predeterminaram” (At 4.27-28). O texto informa que: 1. O texto responsabiliza Herodes, Pôncio Pilatos, gentios (romanos) e o povo de Israel pela morte de Cristo (v.27).  2. Tudo que eles fizeram estava predeterminado em um plano soberano de Deus, da mesma forma dos sofrimentos de Paulo (v.28). 3. Para Bíblia Deus é soberano e o homem responsável pelas suas escolhas.

c) Deus na sua soberania trilha a história para o bem do seu povo. Rm 8.28

O texto nos afirma que Deus fez tudo dentro de um plano eterno de Deus, observemos: Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8.28). Sobre o plano eterno de Deus aprendemos que: I. O governo de Deus nos dá certeza do seu agir: “Sabemos” (v.28a). II. O governo de Deus é sobre todas as coisas: “Todas as coisas cooperam” (v.28b). III. O governo de Deus é para o bem do povo de Deus: “para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (v.28c).

II. QUANDO OLHAMOS PARA O PASSADO DEVEMOS VER QUE DEUS NOS COLOCA NO LUGAR CERTO E NA HORA CERTA. VV.12-13

Paulo vai nos informar que estava na prisão em Roma, mas afirma sem medo de errar que Deus havia colocado Ele ali para ministrar o evangelho, conforme está registrado: 12 Quero ainda, irmãos, cientificar-vos de que as coisas que me aconteceram têm, antes, contribuído para o progresso do evangelho; 13 de maneira que as minhas cadeias, em Cristo, se tornaram conhecidas de toda a guarda pretoriana e de todos os demais” (vv.1-13), Paulo vai informar que o colocou na prisão tendo um propósito.

a) A prisão de Paulo serviu para que o evangelho progredisse no Império Romano. V.12

Por meio da prisão de Paulo em Roma, o evangelho que é o poder de Deus para salvação (Rm 1.16), para entrar até na casa do cruel e depravado império romano (Fp 4.22), por meio das algemas de Paulo estava progredindo no Império Romano, todas as tribulações de Paulo desde Jerusalém até Roma estava servindo ao reino de Deus, fazendo-o progredir, não há lugar onde o evangelho de Cristo não possa entrar e progredir!

b) A prisão de Paulo serviu para que um público não alcançado conhecesse o evangelho. V.13

Paulo vai informar que ele alcançou uma turma de pessoas que ainda não havia sido tocadas pelo evangelho, entre elas estavam: I. A guarda pretoriana (4000 soldados) que tinha influência em Roma, entrando e saindo sempre que quisessem (v.13a). II. Os demais membros da corte, eles eram pessoas vazias, não tinham esperança de vida eterna, naquele lugar Deus colocou um missionário para alcançá-los, Paulo. Ele pode nos usar também onde ele nos coloca.

III. QUANDO OLHAMOS PARA O PASSADO DEVEMOS OBERVAR SE O NOSSO TESTEMUNHO ESTIMULOU OUTROS. VV.14-18

O apostolo atenta que o agir de Deus na sua vida, no passado estimulou outras pessoas quando ao evangelho, sobre esta verdade, aprenderemos algumas lições.

a) Quando somos ousados no testemunho cristão outros são impactados. V.14a

Paulo vai nos informar que seu testemunho causou impacto a Palavra de Deus, consoante o texto afirma: “E a maioria dos irmãos, estimulados no Senhor por minhas algemas, ousam falar com mais desassombro. (v.14). Na primeira parte deste versículo informa que pessoas foram estimuladas pela pregação de Paulo, ou seja, a forma apaixonada que Paulo falava de Jesus causou impacto nas pessoas. Muitas vezes vemos pessoas que ficam impactadas com a pregação de um crente. Ex. Whitefield e o ateu que ia vê-lo pregar.

b) Quando somos corajosos na pregação, encorajamos outros a pregar. V.14b

Paulo ainda vai dizer que sua pregação trouxe encorajamento para outras pessoas, observemos: “E a maioria dos irmãos, estimulados no Senhor por minhas algemas, ousam falar com mais desassombro. (v.14). Os irmãos ali estavam acanhados com a mudança nos rumos políticos do Império e a perseguição que já dava as caras, mas quando perceberam que Paulo estava preso e pregando mais do que eles que estavam livres, então decidiram pregar o evangelho mais corajosamente. Tenhamos coragem de anunciar Jesus!!!

c) Quando pregamos o evangelho, outros nos imitam. VV.15-18

Paulo nos traz a informação que as pessoas quando o viram pregando, buscaram fazer a mesma coisa, então começaram a anunciar Cristo também, confiramos: 15 Alguns, efetivamente, proclamam a Cristo por inveja e porfia; outros, porém, o fazem de boa vontade; 16 estes, por amor, sabendo que estou incumbido da defesa do evangelho; 17 aqueles, contudo, pregam a Cristo, por discórdia, insinceramente, julgando suscitar tribulação às minhas cadeias. 18 Todavia, que importa? Uma vez que Cristo, de qualquer modo, está sendo pregado, quer por pretexto, quer por verdade, também com isto me regozijo, sim, sempre me regozijarei” (vv.15-18). Lições que aprendemos: 1. Existem aqueles que pregam da forma errada: I) Inveja (v.15). II) Competição (v.15). III) Interesse pessoal (v.17). IV) Sem sinceridade (v.17). V) Visando prejudicar outro pregador (v.17). 2. Existem aqueles que pregam da forma correta: I) De boa vontade (v.15). II) Por amor a Cristo (v.16). III) Para ajudar na defesa do evangelho (v.16). 3. A soberania de Deus na pregação: I) Pode usar os que estão pregando da forma errada para converter vidas (v.18). II) Pode usar a pregação dos sinceros para seus propósitos (v.18). III) Em ambas as pregações, para ter efeito é preciso que Cristo seja pregado (v.18).

APLICAÇÃO:

Nesta primeira passagem sobre a alegria de olhar para o tempo passado numa perspectiva correta, vimos que devemos observar a soberania de Deus; ver que Deus nos coloca no momento e lugar certo e observar que o nosso testemunho estimula outros para ter coragem de pregar o evangelho. Deus está no controle de todas as coisas e tudo que acontece está dentro de um plano glorioso Dele. Descanse, pois sua vida não está a deriva, mas nas mãos deste Deus Todo-Poderoso! Vimos em uma parte da mensagem que Deus é soberano, mas o homem é responsável pelas suas escolhas, você tem a responsabilidade de render sua vida a Cristo para ter certeza de salvação, já fez isso? Quer fazer isso hoje?

AUTOR: Pastor Veronilton Paz da Silva

segunda-feira, 17 de janeiro de 2022

ESBOÇO DE SERMÃO BSASEADO EM FILIPENSES 1.3-11

TEXTO: FILIPENSES 1.3-11

INTRODUÇÃO

A alegria deve ser uma constante na vida do cristão, independente das circunstâncias. Paulo escreveu esta carta aos cristãos filipenses no ano 61 d.C. para demonstrar sua gratidão pela solidariedade demonstrada a ele neste período de prisão em Roma, também tem por objetivo incentivar a alegria cristã daquela igreja, Paulo houvera descoberto o segredo da verdadeira alegria e estava compartilhando com a igreja, demonstrando que a alegria que Deus colocou no coração o leva a amar, vemos algumas lições a partir do tema abaixo.

TEMA: A ALEGRIA DE DEUS NO AMOR TRANSBORDANTE

1. O AMOR NOS FAZ TER RECORDAÇÕES ALEGRES DA PESSOA AMADA. V.3

a) A recordação deve ser motivo de gratidão e não de murmuração.V.3a

Paulo foi o plantador daquela igreja em Filipos, ali ele passou momentos difíceis como espancamento e prisão (At 16.16-25), mas ele não olha para as dificuldades que enfrentou e sim para as vitórias conquistadas, vejamos: “Dou graças ao meu Deus por tudo que recordo de vós” (v.3a). Paulo enfatiza as almas que ganhou para Cristo e se alegra ao recordar daqueles irmãos daquela igreja tão apegada a ele. Não murmure, agradeça! Ao recordar o passado minimize as dificuldades e maximize as bençãos de Deus!

b) A recordação deve nos levar à exaltação de Deus. V.3b

Paulo ao olhar para sua trajetória naquela região ele engrandece ao Senhor, dando graças a Ele, segundo o texto indica: “Dou graças ao meu Deus por tudo que recordo de vós” (v.3). Paulo atribui a Deus todas aquelas recordações boas que ele guardava daquela igreja. Tudo de bom na nossa vida deve ser atribuído a Deus, pois Dele vem tudo de bom (Tg 1.17), assim sendo, não dê a outros a glória que somente a Deus é devida.

c) A recordação deve nos trazer esperança. Sl 77.11

Quando recordarmos do passado devemos olhar para as bênçãos de Deus, como o Salmista afirmou: “Recordo os feitos do Senhor, pois me lembro das tuas maravilhas da antiguidade” (Sl 77.11). Se nós olharmos atentamente nas nossas recordações para os feitos do Senhor podemos ter esperança, pois Ele não muda (Ml 3.6), assim sendo devemos fazer semelhante a Jeremias que ao caos trouxe à sua memória o que lhe podia dar esperança (Lm 3.21). Ao recordar lembre que Deus é sempre bom!

2. O AMOR NOS FAZ VIVER UMA VIDA ALEGRE DE ORAÇÃO. V4

a) A oração deve ser constante e não inconstante. V.4

A passagem na primeira parte vai dizer que a oração de Paulo era incessante, pois o texto diz: “Fazendo sempre, com alegria, súplicas por todos vós, em todas as minhas orações” (v.4a). Quando não temos constância na oração estamos demonstrando falta de fé, Deus diz que o homem inconstante não receberá nenhum favor do Senhor (), então precisamos orar de modo perseverante, buscamos ao Senhor sem esmorecer (Lc 18.1) e com certeza a resposta virá. (Lc 18.7).

b) A oração deve ser feita por todos indistintamente. V.4

Paulo vai nos informar ainda que não devemos orar apenas por alguns, mas por todos que estiverem próximo, como o próprio texto indica: “Fazendo sempre, com alegria, súplicas por todos vós, em todas as minhas orações” (v.4). Ore por todas as pessoas independente se ela é rica ou pobre,

c) A oração deve ser feita com humildade (súplica). V.4

Paulo também nos ensina a orar com Humildade, pois usa a palavra suplica (Gr. “Deêsey”, pedido para alguém superior). Ou seja, a súplica indica que se trata de uma oração humilde, reconhecendo que somos inferiores e que Deus é superior. Não há lugar para arrogância no crente, mas humilde. A oração é o atestado que somos incapazes de sobreviver sem Deus, pois Dele vem tudo que precisamos. Sejamos humildes em oração!!!

d) A oração deve ser feita com alegria. V.4

A oração deve ser feita com um coração alegre que reflete na vida, pois Paulo disse que orava com alegria (Gr. “Charia”, felicidade interna). A nossa oração não deve ser mecânica, mas alegre e saltitante, afinal de contas, nós estamos orando a Jesus, a razão da nossa alegria, Paulo podia de uma prisão orar com alegria, pois Ele descobriu o segredo da verdadeira felicidade, Jesus. Se você tem jesus na sua vida, viva e ore com alegria!!!

3. O AMOR NOS FAZ TER UMA VIDA DE GRATIDÃO E ALEGRIA. VV.5-8

a) Devemos ser gratos por termos pessoas que abraçam e trabalham pelo evangelho. V. 5

Paulo vai demonstrar gratidão e alegria ao observar que ali tinham irmãos que ajudavam na obra de Deus, isto está demonstrando na passagem: “Pela vossa cooperação no evangelho, desde o primeiro dia até agora” (v.5). Podemos aprender algumas verdades expostas no texto: I. O crente deve ser um colaborador (Gr. “Koinonon”, parceiro, ajudante), isto é a obra de Deus deve ser feita em equipe (v.5). II. O trabalho do crente deve continuar sempre, não basta ter feito no passado deve fazer hoje (v.5).

b) Devemos ser gratos pela segurança eterna de salvação. V.6

O texto da Bíblia vai continuar dizendo que Paulo agradece e se alegra com  Deus pela segurança de salvação, vejamos: “Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus” (v.6). Sobre a segurança eterna de salvação, podemos aprender que: 1. A fonte da salvação (v.6a). 2. Deus que nos preserva salvos (v.6b). 3. Deus iniciou e concluirá a obra da salvação no dia da volta de Cristo (v.6). Fomos, somos e seremos eternamente salvos! Glórias a Deus!

c) Devemos ser gratos pela união com outros irmãos. VV.7-9

Paulo ainda vai demonstrar sua gratidão pela irmandade com os irmãos em Cristo, segundo lemos: 7 Aliás, é justo que eu assim pense de todos vós, porque vos trago no coração, seja nas minhas algemas, seja na defesa e confirmação do evangelho, pois todos sois participantes da graça comigo. 8 Pois minha testemunha é Deus, da saudade que tenho de todos vós, na terna misericórdia de Cristo Jesus” (vv.7-9). Algumas lições: I. Devemos amá-los de coração tanto falando do evangelho como defendendo-os dos falsos mestres – defesa e confirmação do evangelho (v.7), também amá-los com o amor de Cristo (v.8). II. Devemos pensar nos irmãos e não apenas em nós mesmos (vv.3,8). III. Devemos orar pelos irmãos e não falar mal deles (vv.4,9).

4.  O AMOR NOS FAZ ORAR ALEGREMENTE E FERVOROSAMENTE. VV.9-11

a) Devemos orar para que haja mais amor. V.9a

Paulo na sua demonstração de amor ora para que o amor dos irmãos aumente, segundo observamos: E também faço esta oração: que o vosso amor aumente mais e mais[...]” (v.9a). Parece que estamos esquecendo na atualidade de orar para ter mais amor na igreja, mas o amor entre os cristãos impressiona mais o mundo do que boa música ou bons discursos. Oremos para que nosso amor aumente de uns para com os outros!

b) Devemos orar para que possamos ter conhecimento e percepção das coisas de Deus. V.9b

O apóstolo ainda vai orar para que a igreja possa conhecer e experimentar o agir de Deus em sua vida, conforme está escrito: “E também faço esta oração: que o vosso amor aumente mais e mais em pleno conhecimento e toda a percepção (v.9b). A palavra conhecimento em do grego “Epignósis” e indica o conhecimento de Deus para salvação, por sua vez o termo percepção vem do grego “Aisthêsei” e significa discernimento, isto é, quem conhece a Deus tem discernimento espiritual.

c) Devemos orar para que todos nós possamos crescer em Cristo. VV.10-11

Precisamos orar para que a igreja cresça não apenas de modo numérico, mas espiritual, verifiquemos: 10 para aprovardes as coisas excelentes e serdes sinceros e inculpáveis para o Dia de Cristo, 11 cheios do fruto de justiça, o qual é mediante Jesus Cristo, para a glória e louvor de Deus” (vv.10-11). Como crescer em Cristo? 1. Aprovando as coisas boas e reprovarmos as más (v.10). 2. Sendo sinceros e inculpáveis (v.10). Sinceridade é a vida íntima e inculpabilidade é a vida pública. 3. Estando preparados para vinda de Cristo (v.10), Cristo virá e precisamos estar preparados (Am 4.12). 4. Manifestando uma vida frutífera em Cristo para glória de Deus (vv.10-11), quando vivemos em santidade nossa vida glorifica a Deus (Mt 5.16).

CONCLUSÃO

Vimos nesta mensagem que temos a alegria de Deus no amor transbordante, aprendemos que o amor traz recordações boas das pessoas que amamos; ajuda-nos a viver alegremente em oração; nos leva a ter vida de gratidão e alegria e; faz-nos orar alegremente e fervorosamente. Aplicação: Ao recordar foque no que vale a pena, nas bençãos de Deus e não naquilo que traz mágoa. Busque dar uma repaginada na sua vida de oração, invista mais tempo orando, experimente ter intimidade com Deus. Busque crescer em Cristo abandonando costumes pregressos, adquirindo outros de modo santo. Neste texto no v.10 nos desafia a estar preparados para volta de Jesus, isto é, já estais preparado para aquele dia? Já tens certeza da sua salvação? Se sua resposta é negativa, precisas hoje ainda receber Jesus como seu Senhor e Salvador, você quer fazer isto?

AUTOR; Pastor Veronilton Paz da Silva.

ESBOÇO DE SERMÃO BASEADO EM FILIPENSES 1.1-2

TEXTO: FILIPENSES 1.1-2

INTRODUÇÃO

A Igreja de Cristo é um organismo vivo, formado de todas as pessoas que em todos os lugares invocam o nome do Senhor Jesus (I Co 1.2), mas também é uma organização vista na igreja local com liderança (Fp 1.1), relatórios (At 11.1-18) com poder para receber membros e excluí-los da sua membresia (I Co 5.1-13; II Co 2.5-11). Esta autoridade não deriva de si mesmo, mas do próprio Cristo que lhe concedeu este direito (Jo 20.23), Paulo escreveu esta carta da prisão em 61 d.C. para agradecer sobre o donativo recebido dos irmãos, e para que estes manifestassem alegria em Deus, falou isto 16 vezes. Nestes versículos iniciais ele saúda a Igreja e nos dá algumas dicas sobre ela.

TEMA:  A ALEGRIA DE INTEGRAR A IGREJA

1. A IGREJA POSSUI UMA LIDERANÇA. V.1a

A igreja não é um aglomerado sem itinerário, ela foi instituída por Deus sendo guiada por líderes que o próprio Deus instituiu, vamos examinar como é esta liderança.

a) É compartilhada. V.1a

O autor vai inicialmente citar dois nomes na saudação, vejamos: Paulo e Timóteo” (v.1a). A liderança da igreja primitiva nunca foi episcopal, sempre foi compartilhada com uma pluralidade de presbíteros que eram eleitos pela igreja (At 14.23), nos concílios todos opinavam e a maioria vencia (At 15), o Papado surgiu na Idade Média, não é bíblico, nem o sistema episcopal em que um líder manda sozinho sem dar satisfação a ninguém.

b) É serviçal. V.1b

O autor vai tratar ainda de informar que a liderança da igreja não é de super crentes, mas servos de Deus, vejamos: Paulo e Timóteo, servos de Cristo Jesus” (v.1b). A palavra servo usada aqui é o termo grego “Douloi” que significa escravo, isto indica que o líder não deve fazer sua vontade, mas a de Deus, pois o escravo não tem vontade própria, mas a do seu Senhor. O líder não pode pregar ou viver como quer, mas conforme diz o seu Senhor.

c) É modelar. V.1c

Paulo vai informar que seu modelo de serviço não era qualquer outro, mas a pessoa de Jesus, pois eles serviam a Jesus e não homens: “Paulo e Timóteo, servos de Cristo Jesus” (v.1c). Seu modelo era o próprio Senhor, pois o próprio Senhor disse que, basta ao servo ser como seu Senhor (Jo 13.16), ao afirmar que eram servos de Cristo, ele estava dizendo que nós temos um líder modelo, um Senhor que deve ser seguido, este é Jesus. Líder sega Jesus e sua vida vai bem!!!

2. A IGREJA POSSUI UMA NATUREZA. V.1

A igreja possui uma natureza dada pelo próprio Deus, nesta existem muitas características, iremos citar apenas algumas.

a) É santa. V.1

Os integrantes da igreja são chamados de santos, conforme lemos: Paulo e Timóteo, servos de Cristo Jesus, a todos os santos em Cristo Jesus” (v.1d). O termo santo usado aqui vem da expressão grega “Hágion” que indica uma separação e transformação de alguém pelo próprio Deus. Paulo não vai dizer que existem alguns que são e outros que não são, pelo contrário diz que todos que já creram em Cristo verdadeiramente e se integram à igreja local são santos.

b) É organizada. V. 1

A igreja é organizada devido a isto possui uma liderança formada de bispos (presbíteros) e diáconos, conforme vemos: Paulo e Timóteo, servos de Cristo Jesus, a todos os santos em Cristo Jesus, inclusive bispos e diáconos” (v.1). A palavra bispo usada aqui é derivada do grego “Episcopos” que significa Bispo, Presbítero ou ancião. A palavra Diácono por sua vez vem do grego “Diakonós” é significa serviçal, alguém que serve a obra. Os primeiros administram a igreja, os segundos a parte social da igreja. Igreja que todo mundo quer mandar é sinal de igreja desorganizada, igreja organizada tem uma liderança.

c) É acessível. V.1

A igreja além de ser santa, organizada, também deve ser acessível às pessoas, conforme podemos observar: Paulo e Timóteo, servos de Cristo Jesus, a todos os santos em Cristo Jesus, inclusive bispos e diáconos que vivem em Filipos” (v.1). O texto prossegue dizendo que aquela igreja estava em uma cidade chamada Filipos onde aquelas pessoas viviam. A Igreja precisa alcançar as cidades, povoados e vilas onde as pessoas vivem, quem sabe as casas de irmãos da igreja podem servir de ponto de pregação, não torne sua casa um ponto de fofoca, torne um ponto de pregação do evangelho para salvação de almas. A igreja precisa ir aonde as pessoas estão, precisa estar acessível.

3. A IGREJA POSSUI UMA FORMA DE PREGAR O EVANGELHO. V.2

A igreja precisa anunciar o evangelho de forma clara e bíblica, pois se a igreja adulterou o evangelho, ela perdeu o sentido de ser igreja. Veremos algumas caraterísticas da pregação conforme o texto: Graça e paz a vós outros, da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo” (v.2). Vejamos algumas destas características.

a) Exalta a graça. V.2a

A saudação de Paulo inicia com a Graça (Gr. “Charis”, favor imerecido), a pregação não exalta homens nem atribui ao homem méritos pela sua salvação, mas atribui a Deus toda a salvação do pecador, pois é Deus que graciosamente salva pecadores que não merecem. O homem se afastou de Deus, tornou-se condenado segundo a Lei de Deus, mas o Senhor oferece salvação de maneira gratuita, perdoando seus pecados. Isto é graça!

b) Resulta em paz. V.2b

Depois de saudar com a graça, agora faz com a paz (Gr. “Eirene”, conciliação, bem-estar, satisfação), Paulo deseja a paz para eles, ou seja, a saudação indica que a graça causa a salvação e esta resulta em paz com Deus, bem-estar espiritual e satisfação plena em Cristo, isto resulta em uma alegria incontida, pois Paulo escreveu esta carta da prisão de Roma e fala 16 vezes sobre alegria, pois esta paz alegra nossa alma.

c) Centraliza Deus. V.2c

Por fim Paulo vai tratar que a igreja deve centralizar Deus na pregação, pois a fonte da salvação é Deus Pai e Deus Filho é o agente da salvação, por isso que nossa salvação vem da parte de Deus Pai e do Senhor Jesus, não há salvação fora do plano de Deus, este plano se realiza no seu Filho Jesus Cristo. Não há salvação fora de Cristo, precisamos ter um compromisso de segui-lo.

CONCLUSÃO

Esta mensagem tratou sobre a alegria de integrar a Igreja, examinamos que ela possui uma liderança que é compartilhada, serviçal e modelar. Examinamos também que ela possui uma natureza santa, organizada e acessível. Também pudemos refletir que Ele tem um evangelho para ser pregado que exalta a graça, resulta em paz e deve centralizar Deus. Aplicação: A igreja nem é casa sem dono onde todo mundo manda, nem é uma tirania onde um manda, mas há uma liderança que deve ser modelo para o rebanho. Todos os cristãos possuem um chamado para ser santos e vivermos numa igreja organizada para ouvir a Palavra de Deus, a igreja precisa alcançar as pessoas, ser acessível a elas, temos sido? Precisamos observar que igreja estamos integrando, sua pregação exalta a graça de Deus na salvação do pecador, prega a paz que o evangelho traz para quem se rende a Cristo e centraliza Deus na pregação, ou será que ela se preocupa mais em programações de entretenimento? Cuidado igreja que troca a pregação fiel do evangelho por programações para agradar a freguesia é uma falsa igreja, procure uma igreja séria e sirva a Deus.

AUTOR: Pastor Veronilton Paz da Silva

sábado, 1 de janeiro de 2022

AS MARAVILHOSAS DOUTRINAS DA GRAÇA - LIÇÃO 4 (PARTE I)

TEXTO: EFÉSIOS 5.25

“Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela”.

INTRODUÇÃO

A expiação de Cristo é suficiente para todas as pessoas e eficaz para aqueles que creem nele. Não é limitada em seu valor e suficiência para salvar todos que crerem. Mas a eficácia plena e salvadora da expiação que Jesus realizou é limitada àqueles para os quais esse efeito salvador foi preparado.  A disponibilidade da suficiência total da expiação é para todas as pessoas. Quem quiser – quem crer – será coberto pelo sangue de Cristo. E na morte de Cristo há o propósito divino de realizar a promessa da nova aliança para a noiva eleita de Cristo.

ASSUNTO: AS MARAVILHOSAS DOUTRINAS DA GRAÇA

TEMA: EXPIAÇÃO LIMITADA - A MORTE DE CRISTO TEM PODER PARA SALVAR TODOS, MAS ESCOLHEU SALVAR SOMENTE A IGREJA.

1. A NECESSIDADE DA EXPIAÇÃO DE CRISTO.

I. Cristo veio por causa da queda. Gn 3.15

Cristo precisou vir aqui como um ser humano para ser nosso representante, poque o nosso primeiro representante, Adão, caiu do seu estado original, Deus então promete o salvador: “Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar”  (Gn 3.15). Sobre a queda do homem precisamos aprender que:

a) A queda trouxe a morte para o gênero humano: física, espiritual e eterna.  Tg 2.26; Ef 2.1; Ap 20.14; Ap 21.8; Ap 2.11; Jo 11.25-26

A Palavra de Deus fala sobre a morte como a punição pelo pecado (Gn 2.17), a palavra morte (Gr. “Thanatos”, separação) veio a todos os homens por causa do pecado. Os três aspectos da morte que atingiu o ser humano são: I. morte física: “Porque, assim como o corpo sem espírito é morto, assim também a fé sem obras é morta’ (Tg 2.26), a morte física é a separação do corpo da alma/espírito. II. Morte espiritual: “Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados” (Ef 2.1), portanto, a morte espiritual é a separação do homem de Deus desde a queda. III. A morte eterna ou segunda morte: “Então, a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo” (Ap 20.14), trata-se da eterna separação de Deus para sempre, chamada de segunda morte por vim depois da física. também podemos verificar que Deus cita  a razão de existir a morte eterna/segunda morte que é o pecado: “Quanto, porém, aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos impuros, aos feiticeiros, aos idólatras e a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte” (Ap 21.8). As pessoas se livram deste estado eterno de separação do Senhor tendo a salvação eterna, vencendo o pecado: “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: O vencedor de nenhum modo sofrerá dano da segunda morte” (Ap 2.11) através de uma fé pessoal na pessoa de Jesus: 25 Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; 26 e todo o que vive e crê em mim não morrerá, eternamente. Crês isto? (Jo 11.25-26).

b) A queda trouxe maldição para toda a criação. Gn 3.17

Toda a criação foi amaldiçoada por causa do pecado de Adão, confira: “E a Adão disse: Visto que atendeste a voz de tua mulher e comeste da árvore que eu te ordenara não comesses, maldita é a terra por tua causa; em fadigas obterás dela o sustento durante os dias de tua vida” (Gn 3.17). Tudo foi atingido, o solo passou a produzir espinhos e veneno, os animais passaram a ter a ferocidade que hoje vemos, a natureza passou a ser uma inimiga do homem, não mais uma aliada.

c) A queda trouxe a corrupção para o gênero humano: Rm 3.9-23

O apóstolo Paulo relatar que o pecado trouxe miséria espiritual, sobre isto podemos observar que: I. O pecado atingiu todos os seres humanos (vv.9-12; 23). II. O pecado atingiu todas as faculdades humanas: a) Palavras (vv.13-14); b) Mente (vv.11), c) Ações (v.15-17). III. O pecado é uma ofensa direta a Deus (v.18). IV. O pecado traz a culpa e a condenação justa da lei (vv.19-22).

II. Cristo morreu com um propósito. At 2.23; At 4.27-28

Deus tinha um plano antecipado através do seu desígnio e sua infalível presciência, Ele já havia planejado a morte de Cristo, mas Ele fez de tal forma que não retirou a responsabilidade daqueles que o mataram, vejamos: “Sendo este entregue pelo determinado desígnio e presciência de Deus, vós o matastes, crucificando-o por mãos de iníquos” (At 2.23). Novamente Ele diz na morte de Jesus tudo estava pré-determinado por Deus, inclusive as ações dos homens que o mataram, mas também demonstra que aqueles homens foram responsáveis pelas suas escolhas, observemos: 27 Porque verdadeiramente se ajuntaram nesta cidade contra o teu santo Servo Jesus, ao qual ungiste, Herodes e Pôncio Pilatos, com gentios e gente de Israel, 28 para fazerem tudo o que a tua mão e o teu propósito predeterminaram” (At 4.27-28). Sobre o propósito morte de Cristo podemos aprender algumas verdades expostas a seguir.

a) A morte de Cristo teve o propósito de salvar quem crê. Jo 3.16; At 13.48

Nós vamos observar um texto que tem sido distorcido por muitas pessoas para defender que a morte de Cristo foi para salvar todas as pessoas, o texto é este: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16). Vamos interpretar o texto corretamente: I. Mundo na Bíblia possui vários significados, pois pode significar grande quantidade de pessoas (Jo 12.19), planeta (Sl 24.1), sistema de rebelião contra Deus (I Jo 2.15; I Jo 5.18-20; Tg 4.4), judeus e gentios  (Jo 3.16; Jo 1.19). II Deus tem o objetivo de salvar através da morte de Cristo salvar somente os que crerem (v.16b), logo Ele não morreu para salvar todos, mas somente quem crê. III. E quem é que irã crê. E quem irá crer, apenas os que Deus destinou para a vida eterna: “Os gentios, ouvindo isto, regozijavam-se e glorificavam a palavra do Senhor, e creram todos os que haviam sido destinados para a vida eterna” (At 13.48). A morte de Cristo tem poder para salvar todos, mas salva somente os que Deus quis salvar, ou seja, os eleitos.

b) A morte de Cristo teve o propósito de libertar do pecado seu povo. Cl 1.13-14; Mt 1.21

A morte de Jesus tinha o objetivo de libertar, pagar o preço da redenção e perdoar os pecados, conforme podemos conferir: “13 Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor, 14 no qual temos a redenção, a remissão dos pecados” (Cl 1.13-14). A Bíblia diz então que o propósito de tudo isto era para salvar e libertar um povo do pecado. Se foi por um povo, não foi por todos, foj para todos aqueles que vier a integrar este povo que é a igreja, segundo relata Mateus: “Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1.21). O nome de Jesus significa salvador e libertador, então, Ele morreu para salvar e libertar um povo.

c) A morte de Cristo teve o propósito de reconciliar o homem com Deus. Cl 1.22

Jesus pela sua morte nos reconciliou com Deus, conforme o texto nos afirma: “Agora, porém, vos reconciliou no corpo da sua carne, mediante a sua morte, para apresentar-vos perante ele santos, inculpáveis e irrepreensíveis” (Cl 1.22). Este texto foi escrito para a igreja de Colossos, ou seja, foi escrito para crentes, Deus reconciliou com Ele um povo através da morte do seu Filho Jesus, este povo é a igreja, todos os reconciliados integrarão a igreja de Cristo, numa igreja local.

d) A morte de Cristo teve o propósito de expor o amor de Deus. Rm 5.8

A morte de Cristo nos trouxe a realidade sobre o propósito amoroso de Deus para o pecado da humanidade, segundo examinamos: “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5.8). A morte de Cristo demonstra duas grandes verdades: I. A cruz demonstra a tamanho da malignidade do nosso pecado (v.8). II. A cruz de Cristo demonstra como é imensurável amor de Deus (v.8).

APLICAÇÃO: Examinando sobre a necessidade da expiação de Cristo vimos que ela se tornou necessária por causa da queda do homem. Examinamos também que Cristo morreu com um propósito de salvar os que creem, que são os eleitos, sua igreja, também examinamos que ele morreu para libertar um povo, a igreja, reconciliar o homem com Deus através da sua igreja e para expor o amor de Deus por nós. Sua morte alcança todos os que nele creem. Para saber se você a morte de Cristo agiu de modo salvador na sua vida, precisas saber se creu no Senhor!

2. A EXPIAÇÃO É ILIMITADA OU LIMITADA?

Algumas pessoas nos acusam de limitarmos o poder da morte de Cristo ao falarmos da expiação limitada, mas estes cometem erro, não limitamos o poder da morte de Cristo, mas a Bíblia mostra que Cristo quanto à eficácia é limitada apenas aos que creem (Jo 3.36) que são os eleitos (At 13.48), suas ovelhas (Jo 10.11; 27-28). Mas quanto ao poder a morte de Cristo poder salvar cada indivíduo do mundo, quanto à eficácia alcança somente quem crê (eleitos), vejamos a seguir.

I. A expiação de Cristo é ilimitada quando ao poder. Hb 7.25

Quando ao poder a morte de Cristo pode salvar todos que se achegarem a Ele, vejamos: “Por isso, também pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles” (Hb 7.25). O autor aos hebreus diz Cristo tem poder para salvar todos os que se aproximarem a Deus por meio Dele, então, se homens não são salvos é porque não vão até Cristo.

a) A morte de Cristo tem poder salvar todos os homens. At 17.30

Cristo tem poder para salvar cada indivíduo do mundo inteiro, conforme o texto nos diz que ele convida todos os homens ao arrependimento: “Ora, não levou Deus em conta os tempos da ignorância; agora, porém, notifica aos homens que todos, em toda parte, se arrependam” (At 17.30). A morte de Cristo tem poder para salvar cada indivíduo da humanidade, pois Ele convida cada homem ao arrependimento.

b) A Morte de Cristo tem poder para libertar todos os homens. Jo 8.32

Cristo convida as pessoas para ser libertos, inclusive, estende o convite aos homens que estavam o rejeitando, dizendo: “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (Jo 8.32), assim sendo, os homens que não são libertos são os únicos responsáveis pela sua escravidão. Cristo convida todos para ser libertos.

c) A morte de Cristo tem poder para reconciliar todos os homens com Deus. II Co 5.19

A Bíblia diz que Deus por meio de Cristo estava reconciliando o mundo consigo mesmo, ao afirmar isso está falando da capacidade da morte de Cristo para reconciliar todos os homens com Deus, vejamos: “A saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação” (II Co 5.19). A morte de Cristo tem poder para reconciliar todos os homens com Deus, por isso pregamos para todos.

II. A morte de Cristo é limitada quando à sua eficácia. At 20.28

Vimos acima sobre a expiação de Cristo quanto ao seu poder que é de alcançar cada indivíduo da humanidade, agora quanto à sua eficácia ele alcança somente pessoa comprados pelo sangue de Cristo para integrar a Igreja: “Atendei por vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastoreardes a igreja de Deus, a qual ele comprou com o seu próprio sangue” (At 20.28). Vamos aprender alguns ensinamentos importantes.

a) Cristo morreu para salvar apenas a igreja. Ef 5.25; Mt 1.21; At 20.28

A Bíblia nos apresenta a eficácia da morte de Cristo para salvação apenas de um povo chamado igreja, conforme vemos: I. Cristo amou a igreja e se entregou somente por ela: “Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela” (Ef 5.25). II. Sua morte foi para libertar apenas um povo do pecado: “Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1.21). III. Ele comprou com o seu sangue para salvação apenas a igreja: “Atendei por vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastoreardes a igreja de Deus, a qual ele comprou com o seu próprio sangue” (At 20.28). IV. A Igreja que Deus salva é formada de indivíduos: “Ora, vós sois corpo de Cristo; e, individualmente, membros desse corpo” (I Co 12.27). A morte de Cristo de modo eficaz para salvação foi apenas pela igreja.

b) Cristo morreu para salvar apenas os que creem. Jo 3.16; At 13.48

Quando usam o texto de João 3.16 geralmente as pessoas confundem a capacidade com a eficácia, pois o texto diz que Deus amou ao mundo (judeus e gentios) de todo o mundo, mas vai informar que o objetivo foi para salvar apenas os que creem, confira: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16). Ao ler este texto e ver que Cristo morreu para salvar apenas quem crê, surge então uma pergunta: Quem irá crê? A Escritura responde que crerão somente os que Deus destinou para a vida eterna que são os eleitos, vejamos: “Os gentios, ouvindo isto, regozijavam-se e glorificavam a palavra do Senhor, e creram todos os que haviam sido destinados para a vida eterna” (At 13.48). Cristo morreu para salvar somente os que creem que são os eleitos!

c) Cristo morreu para salvar apenas os eleitos. I Pe 1.1-2; Rm 8.33-34

Pedro descreve a salvação sendo realizada na Trindade, na qual cada pessoa da Trindade faz algo para a salvação dos eleitos, vejamos: 1 Pedro, apóstolo de Jesus Cristo, aos eleitos que são forasteiros da Dispersão no Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia, 2 eleitos, segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e a aspersão do sangue de Jesus Cristo, graça e paz vos sejam multiplicadas” (I Pe 1.1-2). Aprendemos que: I. Deus Pai elegeu os que seriam salvos (v.1-2a). II. Deus Filho morreu para salvar os que foram eleitos (v.2c). III. O Espírito Santo santifica os eleitos (v.2b). Noutro Texto Paulo também trata da obra de Cristo apenas em favor dos eleitos, vejamos: 33 Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica. 34 Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós” (Rm 8.33-34). O texto afirma algumas verdades, conforme exporemos a seguir: I. Deus justifica somente os eleitos (v.33). II. Cristo realizou sua obra de morrer, ressuscitar, subir ao cé e interceder somente pelos eleitos (v.34).

d) Cristo morreu para salvar efetivamente e não apenas para possibilitar a salvação. Hb 7.25; II Tm 1.9

A Escritura afirma que Jesus morreu para salvar totalmente e não para possibilitar a salvação, vejamos: “Por isso, também pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles” (Hb 7.25). A Escritura ao afirmar que Cristo salva efetivamente, vai afirmar também que ele intercede para preservar a salvação das pessoas. Outro texto também afirma que a salvação é um fato consumado e não uma possibilidade, vejamos: “Que nos salvou e nos chamou com santa vocação; não segundo as nossas obras, mas conforme a sua própria determinação e graça que nos foi dada em Cristo Jesus, antes dos tempos eternos (II Tm 1.9). A salvação é fato consumado na história e fruto de um plano eterno em favor aos eleitos.

APLICAÇÃO: Vimos sobre o alcance da expiação de Cristo, observamos que: Quanto ao poder é ilimitada, isto é, tem poder para salvar cada individuo da terra. Quanto à eficácia é limitada apenas aos que creem, que são os eleitos, aqueles que Deus elegeu antes da eternidade e que passam a integrar sua igreja. Os eleitos virão a Cristo através da pregação do evangelho.

3. A EXPIAÇÃO DE CRISTO E OS TEXTOS POLÊMICOS.

I. A Bíblia diz que Deus amou o mundo. Jo 3.16

Estes é um dos textos mais interpretados erroneamente por pessoas, pois interpretam mundo sempre como cada indivíduo, mas o texto se interpretado dentro do contexto, não ensina isso, leiamos o texto: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16). Vejamos algumas interpretações possíveis sobre o termo.

a) Mundo na Bíblia pode significar grande quantidade de pessoas. Jo 12.19

Na entrada de Jesus em Jerusalém, os fariseus irritados com a popularidade de Jesus tentaram de tudo para impedi-lo de prosseguir, eles usam a expressão mundo aqui, vejamos: “De sorte que os fariseus disseram entre si: Vede que nada aproveitais! Eis aí vai o mundo após ele” (Jo 12.19). Os fariseus disseram que o mundo seguia após cristo. Cada indivíduo do mundo estava seguindo após Jesus em Jerusalém? A resposta é não, o que ia seguindo Jesus era uma grande quantidade de pessoas, logo mundo aqui não significa cada indivíduo do mundo.

b) Mundo na Bíblia pode significar planeta terra. Sl 24.1-2

O salmista vai informar que Deus criou o mundo, observemos: 1 Ao Senhor pertence a terra e tudo o que nela se contém, o mundo e os que nele habitam. 2 Fundou-a ele sobre os mares e sobre as correntes a estabeleceu” (Sl 24.1-2). A palavra mundo aqui não se refere a indivíduos, mas à terra, ao universo, as pessoas e animais, plantas et. são os habitantes deste mundo. Mundo aqui não significou cada indivíduo do mundo.

c) Mundo na Bíblia pode significar sistema contra Deus. I Jo 2.15; Tg 4.4

A Escritura vai nos ensinar que não devemos amar o mundo, segundo está escrito: “Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele” (I Jo 2.15). O que significa ser amigo do mundo? Deus está nos proibindo de ser amigo de cada indivíduo do mundo? Outra passagem que usa a palavra foi escrita por Tiago: “Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus” (Tg 4.4), ele afirma que amizade do mundo é inimizade contra Deus, Deus está nos condenando ter amizade com cada pessoa do mundo? Óbvio que não, então mundo aqui não significa cada indivíduo, mas um sistema contra Deus. Outra passagem também utiliza mundo em um sentido diferente de individuo: “Sabemos que somos de Deus e que o mundo inteiro jaz no Maligno” (I Jo 5.19), então, todos os indivíduos da terra jazem no maligno? Claro que não, assim sendo, mundo aqui não significa cada indivíduo, mas um sistema contra Deus.

d) Mundo na Bíblia pode significar judeus e gentios. Jo 3.16; Jo 1.29

Jesus diz que Deus amou o mundo segundo o texto afirma: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16). Mundo nesta passagem não está significando cada indivíduo do mundo, mas judeus e gentios, pois para os judeus, inclusive os primeiros cristãos, tratavam os gentios com desprezo, quando Jesus disse que Deus amou o mundo, está dizendo que amou não apenas judeus, mas também gentios. Para comprovar isso, vamos usar outro texto: “No dia seguinte, viu João a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29). Todas as pessoas da terra serão perdoadas? Cristo perdoará todas as pessoas? A resposta é não, assim sendo mundo aqui não significando, mas judeus e gentios perdoados por Jesus.

e) Ele é a propiciação pelo mundo inteiro. Para quem João estava falando? (I Jo 2.2)

João está aqui escrevendo, possivelmente para Igreja de Éfeso, onde era pastor: “E ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro” (I Jo 2.2). João era apostolo dos judeus (Gl 2.9), ele diz que escreveu a pessoas que ouviram previamente a Palavra de Deus, ou seja, judeus (I Jo 2.7; I Jo 2.19), os judeus tinham aversão aos gentios, João enfatizando o mundo inteiro refere-se aos crentes de todo o mundo (Cf. Jo 11.52).

f) Se mundo quer dizer cada pessoa que existe no mundo como explicar estes textos (Rm 1.8; Cl 1.6; I Jo 5.19; Ap 12.9; At 17.6)

O texto aqui está se referindo a fé da Igreja de Roma que se expandiu por todo o mundo: “Primeiramente, dou graças a meu Deus, mediante Jesus Cristo, no tocante a todos vós, porque, em todo o mundo, é proclamada a vossa fé” (Rm 1.8). Paulo também disse que a igreja estaria crescendo em todo o mundo, conforme observamos: “Que chegou até vós; como também, em todo o mundo, está produzindo fruto e crescendo, tal acontece entre vós, desde o dia em que ouvistes e entendestes a graça de Deus na verdade” (Cl 1.6). O apóstolo João também afirma que o mundo inteiro jaz no maligno: Sabemos que somos de Deus e que o mundo inteiro jaz no Maligno” (I Jo 5.19). No texto de Apocalipse João disse que o diabo seduziu o mundo todo: “E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo, sim, foi atirado para a terra, e, com ele, os seus anjos” (Ap 12.9). Ainda há uma passagem bíblica que demonstra a fé cristã crescendo ao ponto de ser acusados de transtornar o mundo;  Porém, não os encontrando, arrastaram Jasom e alguns irmãos perante as autoridades, clamando: Estes que têm transtornado o mundo chegaram também aqui” (At 17.6). Mundo nestes textos não significa cada indivíduo, pois a fé cristã estava presente no primeiro século apenas no Império Romano, não são todos os indivíduos que que jazem no maligno, e o diabo não seduz todos os indivíduos da terra, mas apenas alguns. Os apóstolos não transtornaram todo o mundo, mas apenas o império romano.

II. A Bíblia diz que Cristo morreu por todos, como explicar?

a) Todos na Bíblia pode ser uma parte do todo. Mt 3.5-6; Jl 2.28.

A Escritura afirma que toda a Judeia e região do Jordão haviam ido estar com João Batista, observe: “5 Então, saíam a ter com ele Jerusalém, toda a Judeia e toda a circunvizinhança do Jordão; 6 e eram por ele batizados no rio Jordão, confessando os seus pecados” (Mt 3.5-6). Cada habitante da Judeia e região foi ter com João Batista? Não. Então, toda aqui se refere a uma parte do todo e não cada indivíduo. Outro texto que fala todo/toda é a promessa do derramamento do Espírito Santo, conforme observamos: “E acontecerá, depois, que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos velhos sonharão, e vossos jovens terão visões” (Jl 2.28). Todos os seres humanos foram cheios do Espírito Santo em Pentecostes? Não, apenas os servos de Deus, logo todo/toda aqui não se referiu a cada indivíduo, mas a uma parte do todo que se entregou a Cristo e foi cheia do Espírito Santo.

b) Todos na Bíblia pode ser todas as classes de pessoas dentre todos. I Tm 2.1-5; Tt 2.1-10.

Vejamos mais um texto em que o termo todo/toda (s): 1 Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações, intercessões, ações de graças, em favor de todos os homens, 2 em favor dos reis e de todos os que se acham investidos de autoridade, para que vivamos vida tranquila e mansa, com toda piedade e respeito. 3 Isto é bom e aceitável diante de Deus, nosso Salvador, 4 o qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade. 5 Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem” (I Tm 2.1-5). Alguns usam o versículo 4 para dizer que Todos se refere cada indivíduo. Mas, vejamos: I. Ordena fazer oração por todos os homens (v.1). Nós conseguimos orar por cada habitante da terra? Não, nós não conhecemos cada habitante da terra. II. Todos os homens aqui é qualificado como reis, autoridades (vv.1-2). Todos os habitantes da terra são reis e autoridades? Não. Então, todos aqui não pode estar se referindo a cada habitante da terra, mas a classes presentes no todo.

Vamos usar outro texto que usa a palavra “todos, vamos examinar: 1 Tu, porém, fala o que convém à sã doutrina. 2 Quanto aos homens idosos, que sejam temperantes, respeitáveis, sensatos, sadios na fé, no amor e na constância. 3 Quanto às mulheres idosas, semelhantemente, que sejam sérias em seu proceder, não caluniadoras, não escravizadas a muito vinho; sejam mestras do bem, 4 a fim de instruírem as jovens recém-casadas a amarem ao marido e a seus filhos, 5 a serem sensatas, honestas, boas donas de casa, bondosas, sujeitas ao marido, para que a palavra de Deus não seja difamada. 6 Quanto aos moços, de igual modo, exorta-os para que, em todas as coisas, sejam criteriosos. 7 Torna-te, pessoalmente, padrão de boas obras. No ensino, mostra integridade, reverência, 8 linguagem sadia e irrepreensível, para que o adversário seja envergonhado, não tendo indignidade nenhuma que dizer a nosso respeito. 9 Quanto aos servos, que sejam, em tudo, obedientes ao seu senhor, dando-lhe motivo de satisfação; não sejam respondões, 10 não furtem; pelo contrário, deem prova de toda a fidelidade, a fim de ornarem, em todas as coisas, a doutrina de Deus, nosso Salvador” (Tt 2.1-10). Usam o texto de Tt 3.4 para dizer que Cristo morreu para salvar todos, mas o contexto imediato aponta que todos aqui seriam classes de pessoas e não cada indivíduo, pois cita homens idosos (v.2), mulheres idosas (v.3), jovens recém-casadas (v.4), moços (v.6), servos (v.9-10). Todos aqui são classes dentre o todo e não cada indivíduo.

c) Todos na Bíblia pode ser judeus e gentios. Jo 12.20-32.

Outra passagem que trata da palavra todos e seu significado não é cada individuo é esta descrita a seguir: 20 Ora, entre os que subiram para adorar durante a festa, havia alguns gregos; 21 estes, pois, se dirigiram a Filipe, que era de Betsaida da Galileia, e lhe rogaram: Senhor, queremos ver Jesus. 22 Filipe foi dizê-lo a André, e André e Filipe o comunicaram a Jesus. 23 Respondeu-lhes Jesus: É chegada a hora de ser glorificado o Filho do Homem. 24 Em verdade, em verdade vos digo: se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, produz muito fruto. 25 Quem ama a sua vida perde-a; mas aquele que odeia a sua vida neste mundo preservá-la-á para a vida eterna. 26 Se alguém me serve, siga-me, e, onde eu estou, ali estará também o meu servo. E, se alguém me servir, o Pai o honrará. 27 Agora, está angustiada a minha alma, e que direi eu? Pai, salva-me desta hora? Mas precisamente com este propósito vim para esta hora. 28 Pai, glorifica o teu nome. Então, veio uma voz do céu: Eu já o glorifiquei e ainda o glorificarei. 29 A multidão, pois, que ali estava, tendo ouvido a voz, dizia ter havido um trovão. Outros diziam: Foi um anjo que lhe falou. 30 Então, explicou Jesus: Não foi por mim que veio esta voz, e sim por vossa causa. 31 Chegou o momento de ser julgado este mundo, e agora o seu príncipe será expulso. 32 E eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim mesmo” (Jo 12.20-32). O contexto aqui é a procura de alguns gregos para ver Jesus (vv.20-23), depois Cristo fala da sua glorificação através da sua expiação (vv.24-31), porém, o ponto que queremos chegar aqui é se referindo ao termo todos (v.32), pelo contexto, todos não se refere a cada indivíduo, mas ao evangelho chagando aos gentios (gregos).

d) Todos na Bíblia pode ser os salvos que já morreram e os que estão vivos. II Co 5.15

Paulo usa o termo todos para se referir aos vivos e mortos que servem ao Senhor, vejamos: “E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou” (II Co 5.15). Ele morreu por todos, pelos seus seguidores que já partira, e pelos que estão vivos, estes últimos devem viver para o seu Senhor.

e) Deus quer que todos se arrependam (II Pe 3.9)?

O apóstolo Pedro diz que Deus deseja que nenhum pereça, mas que todos cheguem ao ao arrependimento, vejamos: “Não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento” (II Pe 3.9). Pedro está se referindo à todos os indivíduos ou todos aqui se refere apenas a uma parte, vejamos: 1. Pedro informa que este texto está se refere aos destinatários como amados (II Pe 3.8). 2. Pedro informa que os destinatários obtiveram juntamente conosco, ou seja, eram crentes (II Pe 1.1). III. Pedro informa que estes destinatários foram chamados pelo Senhor, haviam escapado da corrupção do mundo e se tornado participante da natureza divina (II Pe 1.3-4). IV. Pedro qualifica a palavra “todos” com a palavra anterior “convosco” (v.9). Portanto, entendemos que Pedro não usou a palavra todos para se referir a cada indivíduo, mas a todos os eleitos.

III. A Bíblia diz que Jesus morreu por muitos.

a) A morte de Cristo foi para perdoar muitos. Is 53.11-12

O texto de Isaias 52.13-53.12 trata do sacrifício vicário de Cristo, a passagem foi recortada deste texto, ela vai nos informar por quem Cristo morreu, consoante o texto indica: 11 Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito; o meu Servo, o Justo, com o seu conhecimento, justificará a muitos, porque as iniquidades deles levará sobre si.12 Por isso, eu lhe darei muitos como a sua parte, e com os poderosos repartirá ele o despojo, porquanto derramou a sua alma na morte; foi contado com os transgressores; contudo, levou sobre si o pecado de muitos e pelos transgressores intercedeu” (Is 53.11-12). O texto vai nos indicar que a morte de Cristo: 1. Justifica a muitos, pois levou os pecados deles (muitos), não afirma todos (v.11). 2. Salvará muitos, pois muitos foram entregues a Ele, não todos (v.12a; Jo 6.37,44; Jo 17.6,12). 3. Perdoará o pecado de muitos, não diz que foram todos (v.12b; Mt 26.27-28).

b) A morte de Cristo foi para resgatar muitos. Mt 20.28

Olha bem o texto a seguir e perceberás que a morte de Cristo foi para resgatar - pagar a dívida, confira o texto na íntegra: “Tal como o Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos” (Mt 20.28). Um detalhe interessante é que a dívida do pecado impedia o homem de ir ao céu, de ser salvo, mas Jesus vai nos informar que Ele pagou o resgate de muitos não de todos. A morte de Cristo tem poder para resgatar todos, mas Ele decide resgatar muitos, os eleitos.

c) A sua morte foi em favor de muitos. Mt 26.28

Jesus indica em muitos textos que o seu sangue por um grupo de pessoas ou muitas pessoas como o texto a seguir indica: “Porque isto é o meu sangue, o sangue da [nova] aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados” (Mt 26.28). Jesus aqui neste texto já lido em ocasião anterior nos informou que seu sacrifício foi em favor de muitos, ou seja, de pessoas, mas de todas as pessoas, um grupo específico, este grupo é constituído dos eleitos.

d) A pregação deve ser para todos e muitos serão alcançados. At. 18.9-10

Para concluir esta seção falando sobre a morte de Cristo em favor de pessoas, mas não de todas, vemos o chamado de Deus para Paulo pregar: 9 Teve Paulo durante a noite uma visão em que o Senhor lhe disse: Não temas; pelo contrário, fala e não te cales; 10 porquanto eu estou contigo, e ninguém ousará fazer-te mal, pois tenho muito povo nesta cidade” (At 18.9-10). O texto vai nos informar algumas verdades nesta relação da pregação com a soberania de Deus, vejamos: A. Cristo alertou a Paulo que pregasse (v.9). B. Deus alertou que Paulo pregasse sem cessar (v.9). C. Cristo alertou que Paulo pregasse, pois Deus tinha pessoas ali para ser alcançadas (v.10). D. Cristo alertou que muitas pessoas pertenciam a Deus, não diz que eram todas (v.10)

APLICAÇÃO: Examinamos textos que falam da salvação do mundo, de todos, mas exaurimos que pelo contexto não indicavam todos os indivíduos da terra, mas classes retiradas do todo; vimos que por fim Cristo morreu para salvar muitos. Observamos que cada texto deve ser interpretado dentro de um contexto, e a morte de Cristo de Cristo, embora tenha poder para salvar cada indivíduo do mundo, tem por objetivo salvar alguns. Estes alguns são os que creem verdadeiramente em Cristo.

APLICAÇÃO FINAL:  A morte de Cristo tem poder para salvar todos, mas ela salva eficazmente aqueles que creem (os eleitos). Você tem certeza de que a morte de Cristo já alcançou o seu coração? Tem certeza de que os efeitos da expiação de Cristo já podem ser vistos na sua vida? Se sua resposta for negativa, podes hoje render-se a Cristo.

REFERÊNCIAS

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A confissão de Fé de Westminster. In: Biblia de Estudo Genebra: Auxílios - Confissões de Fé das Igrejas Reformadas. 2 Ed. Ampl. São Paulo, Cultura Cristã, 2010.

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CASIMIRO, Arival e; CALLI, Paulo. Rede de Discípulado I. 1 Ed. 2012. Santa Bábabara d’Oeste - SP: Z3 Editora, 2012.

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NASCIMENTO, Adão Carlos. Razão da Nossa Fé. 1 ed. São Paulo: Cultura Cristã, 2002.

_________________________. O que Todo Presbiteriano Inteligente precisa Saber. 1 Ed. Santa Bárbara d’Oeste: Z3 Editora, 2007

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O Catecismo Maior de Westminster. In: Biblia de Estudo Genebra: Auxílios - Confissões de Fé das Igrejas Reformadas. 2 Ed. Ampl. São Paulo, Cultura Cristã, 2010.

Os Cânones de Dort. In: Biblia de Estudo Genebra: Auxílios - Confissões de Fé das Igrejas Reformadas. 2 Ed. Ampl. São Paulo, Cultura Cristã, 2010.

PIPER, Jhon. Cinco Pontos: Em direção a uma experiência mais profunda da graça de Deus. 1 ed. São José dos Campos: Fiel, 2014.

AUTOR: Pastor Veronilton Paz da Silva