ESBOÇO DE SERMÃO BASEADO EM GÁLATAS 1.1-5

TEXTO: GALÁTAS 1.1-5

“¹ Paulo, apóstolo, não da parte de homens, nem por intermédio de homem algum, mas por Jesus Cristo e por Deus Pai, que o ressuscitou dentre os mortos, ² e todos os irmãos meus companheiros, às igrejas da Galácia, ³ graça a vós outros e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e do [nosso] Senhor Jesus Cristo, ⁴ o qual se entregou a si mesmo pelos nossos pecados, para nos desarraigar deste mundo perverso, segundo a vontade de nosso Deus e Pai, ⁵ a quem seja a glória pelos séculos dos séculos. Amém!

INTRODUÇÃO

Antigamente a comunicação se dava por cartas, como hoje se dá por email. Paulo escreve esta carta com tom apologético para auxiliar os cristãos contra os falsos mestres que pregavam que seria salvo somente quem acrescentasse à fé, a obediência à Lei, a fé em Cristo não era suficiente. Paulo então escreve uma carta da prisão em Roma. Sobre esta carta iremos aprender algumas questões importantes.

TEMA: UMA CARTA PARA AJUDAR A IGREJA

1. O AUTOR DA CARTA. VV.1-2

a) Paulo afirma a sua autoridade apostólica. V.1a

Paulo atesta sua autoria e em consequência, sua autoridade apostólica, conforme examinamos: “Paulo, apóstolo [...]” (v.1a). A palavra apostolo vem do grego “apostolew” e significa enviado ou delegado para uma missão com a autoridade de quem o enviou. Paulo tinha autoridade apóstolica, a igreja tem autoridade dada por Cristo.

b) Paulo afirma que sua autoridade apostólica não foi delegada por homens. V.1b

Paulo também reconhece que seu chamado não foi feito por homens, sua autoridade não vinha dos homens: “[...] não da parte de homens, nem por intermédio de homem algum [...]” (v.1b). John Stot afirmou que o apostolado de Paulo não é humano em nenhum sentido, mas essencialmente divino. Devemos também entender que a igreja é uma instituição divina. A autoridade que temos como crente é emanada de Deus.

c) Paulo afirma que sua autoridade apostólica procede do Filho e do Pai. V.1c

Paulo tem autoridade divina: “[...] mas por Jesus Cristo e por Deus Pai, que o ressuscitou dentre os mortos” (v.1c). Questões importantes: 1) Paulo foi chamado diretamente por Jesus (v.1c), isto é, não houve agir humano na conversão de Paulo, o próprio Jesus fez. 2) Paulo Foi chamado por Deus Pai (v.1c), ou seja, Paulo não foi a Cristo, o Pai o levou ao Filho (Jo 6.44). 3) Paulo foi chamado para ter e proclamar a esperança da ressurreição (v.1c), a ressurreição de Cristo traz esperança agora e no futuro.

d) Paulo afirma que sua autoridade não o isenta da ajuda de outras pessoas. V.2

O apóstolo vai dizer que a autoridade recebida por Deus não o torna um super crente, mas para necessita de ajuda de outros irmãos, vejamos: “E todos os irmãos meus companheiros, às igrejas da Galácia” (v.2). Semelhante a Paulo, devemos entender que nenhum cristão cresce ou exerce seu ministério sozinho, há muitos mandamentos reciprocos nas Escrituras como amar, orar, ajudar uns aos outros. Se você está afastado da comunhão da igreja local, volte-se urgentemente!

2. O DESTINO E SAUDAÇÃO DA CARTA. V.2-3

a) A carta era destinada para cristãos. V.2

Paulo se dirige aos cristãos para tratar sobre a doutrina da graça ofendida por judaizantes, aqui ele se dirige a estes irmãos, vejamos: “E todos os irmãos meus companheiros, às igrejas da Galácia” (v.2). Ele visava fortalecer aqueles irmãos, Paulo usa três palavras gregas para se referir aos irmãos: a) “Adelfos”, irmão carnal, indica que a igreja é uma familia (Ef 2.19). b) “Koinonon”, indicando parceria e comunhão na obra. c) “Ekklesia”, uma assembléia reunida, isto é, quem quer ser povo de Deus precisa se unir á igreja local.

b) A saudação da carta exaltava a ação de Deus no homem. V.3

Paulo vai enfatizar que Deus agiu primeiro no homem antes de qualquer reeação do ser humano, vejamos: “Graça a vós outros e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e do [nosso] Senhor Jesus Cristo” (v.3). Ao fazer essta declaração Paulo vai enfatizar duas verdades: I. Agraça de Deus em Cristo é a raiz da salvação (v.3a), ou seja, não foi o homem que conquistou a salvação, mas Deus por sua graça (Gr. “Charis”, favor, dádiva sem merecimento) que ele salvou o ser humano. II. A paz é o resultado da graça (v.3b), isto é, depois que somos alcançados pela graça de Deus, recebemos a salvação e como consequência recebemos paz (Gr. “Eirene”, bem estar, satisfação) na alma.

3. O EVANGELHO APRESENTADO NA CARTA.

a) O evangelho apresenta a natureza do sacrifício de Cristo na cruz. V.4

A natureza do ssacrifício de Cristo foi que o próprio Cristo que se entregou, conforme a passsagem indica: “O qual se entregou a si mesmo [...]” (v.4a). A morte de Cristo não o pegou de surpreza, pois Ele afirma que ninguem tira a sua vida, ele a dá espontaneamente entrega e depois a reassumirá (Jo 10.18). Cristo morreu voluntariamente por nós! Louvado seja o nome de Jesus!

b) O evangelho apresenta o propósito do sacrifício de Cristo na cruz. V.4

A morte de Cristo teve um propósito defenido nesta passagem, conforme observamos: “O qual se entregou a si mesmo pelos nossos pecados, para nos desarraigar deste mundo perverso [...]” (v.4b). O texto traz um proposito duplo: I) Cristo morreu para pagar a divida do nosso pecado (v.4b), pois a dívida que contraímos era impagável (Sl 49.7-8), somente Jesus pagou a rasgou o nosso escrito de dívida (Cl 2.14). II) A morte de Cristou nos tirou da perversidade do mundo (v.4b), isto é, nos libertou totalmente, pois desarraigar (Gr. “Exelêtai”, arrancar pela raiz). O salvo não deseja mais viver na prática do pecado, pois Deus a arancou!!

c) O evangelho apresenta a origem do sacrifício de Cristo. V.4

A morte de Cristo foi planejada antes que houvesse mundo (Ap 13.8), pela vontade de Deus Pai, Jesus se entregou por nós como o texto diz: “O qual se entregou a si mesmo pelos nossos pecados, para nos desarraigar deste mundo perverso, segundo a vontade de nosso Deus e Pai” (v.4c). A vontade de Deus já havia predeterminado antes do mundo existir que Jesus morreria por nós (At 4.27-28). Deus nos amou e entregou seu Filho por nós para nos dar certeza de vida eterna (Jo 3.16). Creia nisso!

4. A ADORAÇÃO APRESENTADA NA CARTA. V.5

a) A glória é dada de maneira exclusiva a Deus. V.5

Não devemos dar glória a qualquer pessoa, pois o texto apresenta que glória pertence somente a Deus, vejamos: “A quem seja a glória pelos séculos dos séculos. Amém!” (v.5). A Reforma Prostestante, segundo maior avivamento da igreja, trouxe de volta esta verdade sob o lema: Soli Deo Glória” (Glória a Deus somente). Não deve-se dar o louvor ou atribuir aos homens ou anjos atributos divinos. A Deus seja a glória!

b) A glória é dada a Ele pela criação. Ap 4.11

A glória deve ser dada ao Senhor porque Ele é o criador, vejamos: “Tu és digno, Senhor e Deus nosso, de receber a glória, a honra e o poder, porque todas as coisas tu criaste, sim, por causa da tua vontade vieram a existir e foram criadas” (Ap 4.11). A glória da criação deve ser dada ao Senhor, pois Ele criou tudo por que quis (v.11a), criou de maneira maneira poderosa, pois fez tudo do nada (v.11b). Nós não somos fruto de uma evolução das espécies, o universo não é fruto do acaso, mas criação deste Deus. Aleluia!!!

c) A glória é dada a Ele pela obra salvadora realizada. Sl 95.1

A glória deve ser dada somente ao Senhor porque Ele é quem nos salva, vejamos: “Vinde, cantemos ao Senhor, com júbilo, celebremos o Rochedo da nossa salvação” (Sl 95.1). Do Senhor vem a nossa salvação, por isso não conquistamos a vida eterna, mas recebemos de Deus, pois foi o Pai que nos escolheu, o Filho pagou pelo nosso pecado e o Espírito Santo nos santifica para salvação (I Pe 1.2). Deus tem salvação gratuita e eterna para o ser humano.

CONCLUSÃO

O crente tem autoridade dada por Deus, mas esta autoridade não o isenta de ajuda. O crente precisa estar entre cristãos, deixar de congregar sem justa causa é pecado. O crente recebe através da obra de Cristo perdão de pecados e vida eterna. Devemos adorar somente a Deus,exaltá-lo, porque além de nos criar, também salvou, não murmure, adore! Você já crê neste Deus apresentado por Paulo? Já tem certeza de salvação? Se sua primeira resposta é sim e a segunda não, sua fé está com Defeito e precisa ser consertada hoje. Entregue-se totalmente a Cristo hoje e receba certeza de vida eterna. Você quer?

 AUTOR: Pastor Veronilton Paz da Silva

SERMÃO EVANGELÍSTICO BASEADO EM GÊNESIS 5.21-24

TEXTO: GENESIS 5.21-24

“²¹ Enoque viveu sessenta e cinco anos e gerou a Metusalém. ²² Andou Enoque com Deus; e, depois que gerou a Metusalém, viveu trezentos anos; e teve filhos e filhas. ²³ Todos os dias de Enoque foram trezentos e sessenta e cinco anos. ²⁴ Andou Enoque com Deus e já não era, porque Deus o tomou para si”.

INTRODUÇÃO

Há uma música do grupo logos, intitulada “Marcas” que relata as marcas deixadas por pessoas que andaram com Deus, deixando marcas para nós pisarmos, Enoque foi uma destas pessoas que andaram com Deus, deixando o exemplo para nós andarmos também com Deus, o texto afirma esta verdade no versículo 24, nós iremos trazer algumas questões sobre este andar com Deus, tendo como base o tema abaixo.

TEMA: O QUE É ANDAR COM DEUS!

1. É TER COMUNHÃO COM O SENHOR. Gn 17.1

Andar com o senhor é ter comunhão com Ele, andar em sua presença, conforme o texto nos indica: “Quando atingiu Abrão a idade de noventa e nove anos, apareceu-lhe o Senhor e disse-lhe: Eu sou o Deus Todo-Poderoso; anda na minha presença e sê perfeito” (Gn 17.1). ninguém pode andar com Deus longe da sua presença, para isto precisamos usar algumas ferramentas.

a) Oração constante. I Ts 5.17

A Escritura nos ensina que devemos orar sempre como Paulo diz: “Orai sem cessar” (I Ts 5.17). É impossível nós termos uma vida cristã saudável sem uma vida constante de oração. Devemos dobrar nossos joelhos e coração perante o Senhor em oração. C.H. Spurgeon disse que “quando o crente se dobra em oração sincera, quando ele levanta dos seus joelhos, nunca mais a sua vida será a mesma!” Quanto tempo você ora? Quanto sincera é a sua oração?

b) Meditação na Palavra. Sl 1.2

Precisamos meditar na Palavra de Deus, conforme a passagem indica: “Antes, o seu prazer está na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite” (Sl 1.2). O autor sacro vai dizer que a meditação precisa ser constante e prazerosa, isto é, não podemos viver um dia sequer sem contato com a palavra de Deus. Oração e Escritura devem andar juntas, devemos ter conhecimento de Deus pelo estudo sistemático e devocional das Escrituras e também buscarmos seu poder através da oração intensa e constante.

c) Obediência à sua Palavra. Jo 15.14

A Bíbia Nova Almeida Atualizada traz o texto de João 15.14 dizendo: “Vocês são meus amigos se fazem o que eu lhes ordeno”. Se você ora e ler as Escrituras isto deve levar sua vida à obediência, se você é desobediente ao que as Escrituras afirmam, precisa rever a sua fé e saber se de fato tem orado sinceramente e conhecido a sua santa Palavra. Conhecimento sem obediência é a mesma coisa que nuvem sem chuva no Sertão, não muda sua situação. Abandone todo pecado! Viva uma vida de obediência!

2. É TER VIVÊNCIA SAUDÁVEL COM O PRÓXIMO. I Jo 4.20

Deus nos alerta na sua Palavra que nós devemos amar a Deus, também o próximo, vejamos: “Se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso; pois aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê” (I Jo 4.20). Nós não amamos a Deus se ao mesmo tempo temos uma vivência amarga com nosso semelhante, alguns lugares que podemos ter estas relações saudáveis.

a) Na igreja. I Co 12.27

A igreja é um lugar onde convivemos com diferentes pessoas, devido a isto Paulo comparou a igreja ao corpo e as pessoas que a integram a seus membros, consoante o texto indica: “Ora, vós sois corpo de Cristo; e, individualmente, membros desse corpo” (I Co 12.27). A igreja como o corpo tem muitos membros, eles possuem diferentes funções, cada um deve fazer a sua parte, respeitando cada um, para que tenhamos na igreja relações saudáveis.

b) Na família.

A família é a mais antiga instituição, criada pelo próprio Deus, formada de Pai, mãe e filhos, devendo viver em harmonia. O pai é o provedor que anda com Deus (Sl 128.1-2), a mãe a conselheira (Pv 31.1; Pv 1.8; Pv 6.20) e os filhos são frutos da união que devem ser disciplinados (Pv 13.24), amados (Pv 3.12) e discipulados (Pv 22.6). Uma família para ter vida saudável precisa ser ter Deus no seu centro.

c) Na sociedade. Fp 2.15

Quando andamos com Deus fazemos a diferença na sociedade, conforme examinamos: “Para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no mundo” (Fp 2.15). Quando andamos com Deus, nossa vida passa a ser conhecida pelas pessoas, de modo positivo. Estamos inseridos dentro de uma geração pervertida, corrompida pelo pecado, mas somos chamados para apresentar a luz do evangelho, pois a luz não se esconde, o cristão que anda com Deus é uma esperança para que as trevas que as pessoas vivem se tornem luz!

3. É TER CERTEZA DE VIDA ETERNA. Jo 10.28

A vida eterna é a comunhão imperdível com Deus, que Jesus nos oferece, vejamos: “Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão” (Jo 10.28). Para nos fazer chegar a esta salvação, o Senhor Jesus realizou algumas ações em nós, vejamos a seguir.

a) Jesus liberta da cegueira espiritual para andarmos com Ele. At 9.18

Saulo de Tarso que estava cego por Satanás para perseguir os cristãos, encontrou com cristo no caminho de Damasco perdeu sua visão física, depois de três dias, o cristão Ananias orou, houve dois milagres, a cura da visão física e espiritual de Paulo, vejamos: “Imediatamente, lhe caíram dos olhos como que umas escamas, e tornou a ver. A seguir, levantou-se e foi batizado” (At 9.18). Paulo perseguia cristãos, matava, mas um dia Cristo tirou sua cegueira e llhe deu vida eterna. O ex-sacerdote romanista José Manoel da Conceição disse que quando ouviu a mensagem do evangelho foi como que umas escamas caíssem dos seus olhos e ele torna-se a ver. Deus retirou a cegueira do nosso coração para seguí-lo!

b) Deus convida pecadores para andarem lado a lado com eles. Lc 9.23

Jesus convidou as pessoas para segui-lo, conforme vemos: “Dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me” (Lc 9.23). Este convite chama-nos para termos uma vida ao lado de Cristo, mas não força nossa vontade (v.23a), exige também que neguemos nosso eu (v.23b), conclama a que morramos para o mundo todo dia (v.23c), somente assim podemos segui Jesus e andarmos com Ele.

c) Deus chama os crentes que o serviram aqui para andar com Ele no céu. Ap  3.4-5

Jesus revelou para João no Apocalipse que aqueles que foram alcançados por Ele, viverão para sempre com Ele, conforme o texto nos indica: “⁴ Tens, contudo, em Sardes, umas poucas pessoas que não contaminaram as suas vestiduras e andarão de branco junto comigo, pois são dignas. ⁵ O vencedor será assim vestido de vestiduras brancas, e de modo nenhum apagarei o seu nome do Livro da Vida; pelo contrário, confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos” (Ap 3.4-5). A igreja de Sardes estava morta, secularizada, mas havia ali pessoas fiéis que andariam de branco (santidade) junto dele (no céu) (v.4). Estas pessoas andariam de vestiduras brancas no céu porque andaram com Cristo na terra, confessando-o como seu Senhor e Salvador (v.5). Você precisa ainda hoje entregar-se a Cristo para ir morar com Ele no céu!

CONCLUSÃO

Precisamos andar com Deus, tendo comunhão com Ele, com o próximo, principalmente, tendo certeza de vida eterna. Jesus promete que que todos aqueles que andaram com Ele na terra, também andarão no céu. Você já tem certeza de salvação? Entendeu o que falamos aqui? Isso faz sentido para você? Gostaria de ter certeza de vida eterna? sabe o que tem que ser feito? Receber a Cristo como seu Único e Suficiente Senhor e Salvador, pois ele garante vida eterna a todo o que Nele crê. Quer fazer isso agora? vamos louvar com uma canção e após estaremos orando.

AUTOR: Pastor Veronilton Paz da Silva

ESBOÇO DE SERMÃO BASEADO EM EFÉSIOS 2.1-10

TEXTO: EFÉSIOS 2.1-10

INTRODUÇÃO

Incialmente, queremos fazer algumas perguntas: Você já recebeu presentes na vida? Quando recebeu presentes, pagou por eles? A resposta mais própria é sim na primeira pergunta e não na segunda, pois todos nós já recebemos presentes na vida, mas não pagamos porque recebemos gratuitos. Paulo nestes versículos (1-10) trata da situação do homem sem cristo em estado de condenação, da ação de Deus em favor do homem, o regenerando, a presente da salvação e a sua consequência na vida do ser humano. Sobre a dádiva da salvação iremos expor algumas lições.

TEMA: SALVAÇÃO, UM PRESENTE DE DEUS AO SER HUMANO

1. A DESCRIÇÃO DO HOMEM SEM CRISTO (vv.1-3): Escravo: 

O homem sem cristo está morto (v.1), isto é, incapaz de se aproximar de Cristo ou mesmo se preparar para isto, devido a esta situação os homens estão escravizados, vejamos:

a) Escravo do mundo (v.1-2a). 

O homem sem Cristo está escravizado pelo mundo e seus princípios, como examinamos: “¹ Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, ² nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo [...]”. A palavra ‘mundo” utilizada aqui se refere aos princípios que ferem a palavra de Deus com relação ao sexo, negócios, vida, ética etc.

b) Escravo do diabo (v.2b).

Quando pecou o ser humano foi escravizado por Satanás, tornando-se escravizado e dominado por ele, consoante examinamos: “[...] segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência”. (v.2b). O homem deu legalidade para o diabo agir na vida dele ao deixar de dar ouvidos à voz do Senhor para dar ouvidos à serpente. O homem se deixou escravizar pelo diabo.

c) Escravo da carne (v.3a),

Além da escravidão do mundo e do diabo, o homem também se tornou escravo da carne, segundo vemos: “Entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos [...]” (v.3a). A palavra “carne” aqui significa a natureza caída do homem que o leva ao pecado, os homens são escravos do pecado (Jo 8.34) porque são igualmente escravizados pela carne, isto é, desejos, atos e palavras pecaminosas.

d) Vive debaixo da ira de Deus (v.3b). 

O texto vai nos dizer que o resultado desta escravidão que o homem o deixou alcançar para pecar é ira de Deus, averiguemos: “[...] e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais” (v.3b). A ira de Deus é a manifestação da sua justiça contra o pecado, todos os homens sem Cristo já estão debaixo da ira de Deus (Jo 3.36), se não se arrependerem experimentarão a ira de Deus na sua plenitude no lago de fogo (Ap 20.15).

2.A DESCRIÇÃO DO AGIR DE DEUS: RESSUSCITA O HOMEM MORTO (vv.4-7)

Depois de tratar sobre a situação do homem sem Cristo em morte e escravidão, vivendo debaixo da ira (condenação) de Deus, diz que Deus regenera, ou ressuscita o homem, habilitando para uma nova vida.

a) Ele age ressuscitando-o por causa da sua misericórdia e amor (v.4)

Deus tirou o homem da morte espiritual de modo misericordioso e amoroso, segundo observamos: “Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou” (v.4). Deus atentou para nossa situação, nos amou e veio ao nosso encontro.

b) Ele age ressuscitando-o de um estado inativo de morte (v.5)

Podemos examinar também que Deus agiu em favor do homem graciosamente, vejamos: “E estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, — pela graça sois salvos” (v.5). Deuss realizou sua ação regeneradora em favor do ser humano, apesar de sermos pecadores. Que amor!!!

c) Ele age ressuscitando-o em união com Cristo (v.6)

Deus agiu em nós através do seu Filho Jesus nos tirando da morte espiritual, nos dando livre acesso ao céu, conforme vemos: “E, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus” (v.6). Quando Deus, em Cristo, age em nosso favor devemos engrandecer a graça e bondade de Deus na pessoa de seu Filho Jesus, segundo se observa: “Para mostrar, nos séculos vindouros, a suprema riqueza da sua graça, em bondade para conosco, em Cristo Jesus” (v.7). Sem Cristo não temos nova vida!

3. A DESCRIÇÃO O RESULTADO DA REGENERAÇÃO: SALVAÇÃO. V.8-10

O autor apresentou o homem sem Cristo: Morto e escravo (vv.1-3), Deus agindo no homem lhe tirando da morte para uma nova vida: Regeneração (vv.4-7), neste instante trata sobre resultado da regeneração: Salvação para o ser humano (vv.8-10).

a) Ele é efetivamente salvo, isto é causado pela graça de Deus (v.8a)

Tratando sobre a efetividade da salvação, Paulo vai dizer que esta se dá pela graça de Deus, conforme exaurimos: “Porque pela graça sois salvos [...]” (v.8a). A palavra graça significa favor imerecido, ou seja, a salvação não é para quem merece, mas pecadores indignos. É Graça! Superabundante Graça!!

b) Ele é efetivamente salvo, isto vem por meio da fé em Cristo (v.8b)

A salvação graciosa de Deus vem para nós através da fé em Jesus, o autor descreve isto ao dizer: “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé [...]” (v.8b). A palavra fé vem do grego “pysteus” e significa confiança, isto é, salvação é para quem se entrega totalmente a Cristo, rende-se totalmente a Ele. Já entregou a sua vida a Cristo? Faça hoje e receba certeza de vida eterna!

c) Ele é efetivamente salvo, isto não vem do homem é presente (dom de Deus) (v.8c-9).

Paulo ainda vai continuar dizendo que toda a obra da salvação, não vem do homem, mas é um presente de Deus, segundo examinamos: Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus: “⁸ Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; ⁹ não de obras, para que ninguém se glorie” (v.8-9). Ele vai nos informar que a salvação com dom de Deus indica que a fé também é dada por Deus (v.8c), como a salvação não vem do homem não depende das obras que fazemos (v.9), pois como o padrão de Deus é a perfeição (Mt 5.48), se a salvação fosse por obras, não poderíamos errar em nada, sermos perfeitos, como não conseguimos ser perfeitos, a salvação não é por obras. É presente de Deus!!! Você só precisa receber esta salvação. Você já tem certeza da sua salvação?

d) Ele é efetivamente salvo para uma vida de obediência (v.10).

Deus nos informou que a salvação é somente pela graça por meio da fé, mas a evidência diante dos homens por uma vida de obediência, observemos: “Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas” (v.10). Sobre a obediência aprendemos que: a) As obras de justiça indicam que somos feitos imagem de Deus (v.10a). b) As obras de justiça indicam que somos uma nova criação em Cristo (v.10b). c) As obras de justiça indicam que somente as praticamos por causa da graça operando em nós (v.10c)

CONCLUSÃO

O homem sem Cristo está Morto e escravo, incapaz de se aproximar de Deus. Somente depois de Deus o ressuscitar, Ele responde com fé e é efetivamente salvo, para assim viver uma vida de obediência e certeza de salvação. Aplicação: Você entendeu o que falamos aqui? Isto faz sentido para sua vida? Se isto faz sentido para sua vida, você gostaria de ter certeza da sua salvação? Se sua resposta é sim, necessitas ainda hoje entregar o teu coração, crendo em Jesus no teu coração e confessando-o diante dos homens. Quer fazer isto agora? Nós queremos por você e com você!

AUTOR: Pastor Veronilton paz da Silva

SERMÃO TEMÁTICO EXTRAÍDO DE I CORÍNTIOS 13.1-3 (MORDOMIA CRISTÃ, O HOMEM A SERVIÇO DE DEUS - PARTE XI)

TEXTO. 1CO 13.1-3

“¹ Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine. ² Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei. ³ E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres e ainda que entregue o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitará”.

INTRODUÇÃO

A palavra amor vem do grego e existem três palavras que podem ser utilizadas: “Eros” (Amor Sexual entre homem e mulher), ‘Filos’ (Amor fraternal, gostar), “Ágape (Amor sacrificial e incondicional). Nesta passagem citada, Paulo fala sobre o amor incondicional que é o amor que vem de Deus, pois usa o termo “Ágape”, continuaremos tratando sobre a mordomia cristã, envolvendo o amor que precisamos ter como cristãos, vejamos a seguir.

ASSUNTO: MORDOMIA CRISTÃ, O HOMEM A SERVIÇO DE DEUS

TEMA: MORDOMIA CRISTÃ E A SUA RELAÇÃO COM O AMOR CRISTÃO

I. A IMPORTANCIA DO AMOR CRISTÃO

a) A relação entre sabedoria e amor. I Co 13.1-2

A sabedoria sem amor só faz barulho, conforme Paulo diz: “¹Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine ² [...] e conheça todos os mistérios e toda a ciência [...] se não tiver amor, nada serei’ (I Co 13.1,2b). Pessoas tem buscado sabedoria, a tecnologia tem unidos as pessoas mais distantes e separado as próximas, os homens têm se tornado poliglotas, sábios nos vários seguimentos da sociedade, mas o amor tem esfriado, as pessoas perderam a essência de amar.

b) A relação entre religiosidade e amor. I Co 13.2

Ainda temos visto que em nome da religião muitos tem perdido a essência cristã de amar ao próximo, Paulo afirma que aspectos religiosos sem amor são vazios como podemos a conferir: “Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei” (I Co 13.2). O sentido de religião é religação a Deus, reconciliação, amor. Deus nos reconciliou com Ele por amor, devemos também mostrar nossa verdadeira religiosidade amando as pessoas. quem ama fala a verdade para que a pessoa deixe o pecado e seja salva.

c) A relação entre ação social, auto-sacrificio e amor. I Co 13.3

O apóstolo continua tratando sobre o amor excelente, dizendo que: 1) mesmo quando ajudamos alguém, a motivação deve ser amor, pois “ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres [...] se não tiver amor, nada disso me aproveitará” (I Co 13.3), isto é, quando formos ajudar alguém não devemos fazê-lo por interesse de ser reconhecidos, nem ainda de má vontade, mas de coração, por amor. Distribuir bens, dar presentes sem amor se torna oco e vazio. 2) O auto sacrifício sem amor não adianta em nada, como podemos ver: “[...] ainda que entregue o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitará” (I Co 13.3), a forma que Paulo falou significava naquela época o ato Máximo de desprendimento, porém isto sem o amor sincero, honesto não tem valor.

II. A DIMENSÃO DO AMOR CRISTÃO.

a) A dimensão do nosso amor deve ser primeiro a Deus. Mt 22.37-38

Jesus nos ensina sobre o nosso amor a Deus, vejamos: “³⁷ Respondeu-lhe Jesus: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. ³⁸ Este é o grande e primeiro mandamento. Aprendemos aqui algumas lições: a) Deve amar exclusivamente ao Senhor como Deus (v.37a); b) Devemos amar a Deus de todo o nosso ser (v.37b); c) Devemos amar a Deus como a nossa principal prioridade (v.38). Ame a Deus, disto depende a sua salvação!

b) A dimensão do nosso amor deve ser a mim mesmo. Mt 22.39

Nós precisamos também ter amor-próprio, pois as Escrituras nos ensinam: “O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (v.39). Precisamos então pensar em nós mesmos, pois pense num jovem que faz tudo que uma moça quer, pensando que assim ela vai amá-lo, mas somente recebe desprezo, isso acontece porque ele está amando-a acima de si mesmo. O texto nos ordena amar o próximo como a si mesmo, ou seja, antes de amar alguém você deve amar primeiro a si próprio. Se você não amar a Deus, a si próprio, não conseguirá amar ao próximo.

c) A dimensão do nosso amor deve ser ao próximo. Mt 22.39

Jesus continua dizendo que da mesma forma que eu amo a minha pessoa, deve amar o próximo, conforme observamos: “O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (v.39). A ordem do cristianismo é que eu não faça nada ao outro que eu não desejaria que fizessem comigo, semelhantemente tudo que eu quero de bom para mim devo desejar que aconteça com o próximo (Mt 7.12). Ame seu próximo, ajudando-o e lhe apresentando a salvação na pessoa de Jesus Cristo.

III. O RESULTADO DO AMOR CRISTÃO.

a) O amor de Deus em nós nos leva à obediência. Jo 14.21

Quando o amor de Deus encontra lugar no nosso coração nós passamos a ter o desejo de obedecer, aquele que ama, passa a viver em obediência, vejamos: “Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me manifestarei a ele” (Jo 14.21). Não é todo mundo que ama a Deus, somente aqueles que lhe obedecem. Você ama a Deus? Vive em obediência?

b) O amor de Deus em nós nos leva a testemunharmos ao mundo. Jo 13.35

Quando fomos encontrados pelo imenso amor de Deus, recebemos uma ferramenta fortíssima para testemunhar sobre Deus, sobre isso observamos: “Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros” (Jo 13.35). O cristão testemunha de Cristo espalhando amor por onde passa. Entretanto, devemos saber que quem ama precisa alertar do perigo para quem se descuidar, pois quem mais nos ama é Jesus, no entanto, ele falou mais de inferno do que de céu. Quando um irmão lhe orienta a deixar o erro, ele faz isso porque ama você e quer que seja salvo.

c) O amor de Deus em nós leva-nos à salvação. I Jo 4.10,14, 19

Deus derramou o seu amor sobre nós, enviando seu Filho para nos perdoar os pecados, conforme o texto indica: “Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados” (I Jo 4.10), além de nos perdoar os pecados, concede a salvação, como o versículo 14 aponta: “E nós temos visto e testemunhamos que o Pai enviou o seu Filho como Salvador do mundo” (I Jo 4.14). O amor de Deus pode alcançar teu coração hoje e te dá certeza de vida eterna, pois nós somente amamos porque Deus nos amou primeiro (I Jo 4.19).

CONCLUSÃO.

Nesta mensagem sobre a mordomia do amor cristão, vimos que nada que se faz sem amor vale a pena, precisamos amar a Deus e as pessoas. Quando o amor de Deus alcançou nosso coração, nós passamos a viver para Deus e buscamos testemunhar Dele ao mundo. Porém, o maior benefício que o amor de Deus traz para a humanidade é a vida eterna. Você já foi alcançado pelo amor de Deus? Já tem certeza de vida eterna? Se sua resposta é negativa, podes ainda hoje entregar tua vida a Jesus e receber plena segurança de salvação. Você quer?

REFERÊNCIAS

CASIMIRO, Arival Dias. Rede de Discipulado I. 1 Ed. Santa Bárbara d’Oeste - SP: Z3 Ideia Editora, 2015.

GENEBRA, Bíblia de Estudo. Textos e Notas de Rodapé. 2 ed. Amp. São Paulo: Cultura Cristã, 2010.

RENOVATO, Elinaldo. Mordomia Cristã. Rio de Janeiro, CPAD, 2007.

FERREIRA, Wellington. O Evangelho e a Mordomia. Extraído de:<https://ministeriofiel.com.br/artigos/o-evangelho-e-a-mordomia/>acessoem25/052021

AUTOR: Pastor Veronilton Paz da Silva.