ESBOÇO DE SERMÃO BASEADO EM APOCALIPSE 11.1-2

TEXTO: APOCALIPSE 11.1-2

“¹ Foi-me dado um caniço semelhante a uma vara, e também me foi dito: Dispõe-te e mede o santuário de Deus, o seu altar e os que naquele adoram; ² mas deixa de parte o átrio exterior do santuário e não o meças, porque foi ele dado aos gentios; estes, por quarenta e dois meses, calcarão aos pés a cidade santa”.

INTRODUÇÃO

Há algumas medidas que são utilizadas no dia a dia, tais como: Medidas de massa como Quilo e seus derivados; Capacidade com o litro e suas submedidas, medidas de comprimento e seus subprodutos. Para medir massa se utiliza uma balança, volume ou capacidade, um litro, para o comprimento, metro e outros, neste texto a medida de comprimento foi utilizada para trazer lições espirituais para a igreja. Os vv.1-2 quando descrevem um caniço de medir, indicam uma figura do conhecimento de Deus sobre o seu povo, embora ele condene aqueles que estão no meio, mas não são do meio. Ele preserva os seus eleitos mesmo com os ataques. O templo simboliza a presença de Deus, quando Deus mede, cuida, julga e guarda o seu povo. Quando se refere ao altar está se referindo aos adoradores do altar, o átrio exterior indica a perseguição contra o povo de Deus, mesmo eles sendo calcados com intensidade,esta tribulação será limitada por Deus pelo tempo simbólico de 42 meses. Sobre esta medida de Deus que é certa e exata, nós iremos trabalhar tendo como base o tema abaixo.

TEMA: A MEDIDA CERTA PARA A VIDA VEM DE DEUS

1. DEUS TEM A MEDIDA CERTA PARA O SEU POVO. V.1a

“¹ Foi-me dado um caniço semelhante a uma vara [...]”

1.1 Deus mede quem faz parte do seu povo.

A. Com a medida da renuncia do eu. Lc 9.23

“²³ Dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me”.

B. Com a medida da santidade de vida. I Pe 1.13-16

“¹³ Por isso, cingindo o vosso entendimento, sede sóbrios e esperai inteiramente na graça que vos está sendo trazida na revelação de Jesus Cristo. ¹⁴ Como filhos da obediência, não vos amoldeis às paixões que tínheis anteriormente na vossa ignorância; ¹⁵ pelo contrário, segundo é santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso procedimento, ¹⁶ porque escrito está: Sede santos, porque eu sou santo”.

C. Com a medida da plenitude do Espírito Santo. Ef 5.18

“¹⁸ E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito”.

1.2 Deus mede quem lidera seu povo.

A. Deus tem a medida da vida do líder em sua presença. Jr 3.15

“¹⁵ Dar-vos-ei pastores segundo o meu coração, que vos apascentem com conhecimento e com inteligência”.

B. Deus tem a medida da dedicação do líder ao rebanho. At 20.28

“²⁸ Atendei por vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastoreardes a igreja de Deus, a qual ele comprou com o seu próprio sangue”.

C. Deus tem a medida da vivencia do líder na Palavra e oração. At 6.4

“⁴ e, quanto a nós, nos consagraremos à oração e ao ministério da palavra”.

1.3 Deus mede quem abandona seu povo.

A. Deus na sua medida justa diz que Ele nunca foi de fato convertido. I Jo 2.19

“¹⁹ Eles saíram de nosso meio; entretanto, não eram dos nossos; porque, se tivessem sido dos nossos, teriam permanecido conosco; todavia, eles se foram para que ficasse manifesto que nenhum deles é dos nossos”.

B. Deus na sua medida justa diz que Ele está caminhando em condenação. Pv 21.16

“¹⁶ O homem que se desvia do caminho do entendimento na congregação dos mortos repousará”.

C. Deus na sua medida justa diz que Ele não serve de exemplo para nós. Mt 23.1-3

“¹ Então, falou Jesus às multidões e aos seus discípulos: ² Na cadeira de Moisés, se assentaram os escribas e os fariseus. ³ Fazei e guardai, pois, tudo quanto eles vos disserem, porém não os imiteis nas suas obras; porque dizem e não fazem”.

2. DEUS TEM A MEDIDA CERTA PARA O SERVIÇO DO SEU POVO. V.1b

“[...] e também me foi dito: Dispõe-te e mede o santuário de Deus, o seu altar e os que naquele adoram”.

2.1 Deus mediu o seu santuário onde se realiza o serviço

“[...] e também me foi dito: Dispõe-te e mede o santuário de Deus [...]”

A. O santuário de Deus (Crente) não é lugar de conversas inconvenientes. Ef 5.4

“⁴ nem conversação torpe, nem palavras vãs ou chocarrices, coisas essas inconvenientes; antes, pelo contrário, ações de graças”.

B. O santuário de Deus (Crente) não é lugar de praticas que o destruam. I Co 3.16-17

“¹⁶ Não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? ¹⁷ Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá; porque o santuário de Deus, que sois vós, é sagrado”.

C. O santuário de Deus (Crente) não é lugar de negligencia ao serviço do Senhor. Jr 48.10

“¹⁰ Maldito aquele que fizer a obra do SENHOR relaxadamente! Maldito aquele que retém a sua espada do sangue!”

2.2 Deus mediu o seu altar no qual se realiza o serviço.

“[...] e também me foi dito: Dispõe-te e mede o [...] o seu altar [...]”

A. O altar é lugar de sacrifício espiritual, no sacrifício oferecemos o melhor (Primícias). Gn 4.3-5

“³ Aconteceu que no fim de uns tempos trouxe Caim do fruto da terra uma oferta ao SENHOR. ⁴ Abel, por sua vez, trouxe das primícias do seu rebanho e da gordura deste. Agradou-se o SENHOR de Abel e de sua oferta; ⁵ ao passo que de Caim e de sua oferta não se agradou. Irou-se, pois, sobremaneira, Caim, e descaiu-lhe o semblante”.

B. O altar é lugar de sacrifício espiritual, realizamos sacrifícios de louvor. Hb 13.15

“¹⁵ Por meio de Jesus, pois, ofereçamos a Deus, sempre, sacrifício de louvor, que é o fruto de lábios que confessam o seu nome”.

C. O altar é lugar de sacrifício espiritual, o nosso culto é este sacrifício vivo, santo e agradável a Deus. Rm 12.1-2

“¹ Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. ² E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”.

2.3 Deus mediu a adoração de quem realiza o serviço.

“[...] e também me foi dito: Dispõe-te e mede [...] os que naquele adoram”.

A. A adoração deve ser em espirito e em verdade, ou seja, em qualquer lugar e com a vida. Jo 4.23-24

“²³ Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores. ²⁴ Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade”.

B. A adoração deve ser com um coração quebrantado e não apenas com os lábios. Mt 15.8-9

“⁷ Hipócritas! Bem profetizou Isaías a vosso respeito, dizendo: ⁸ Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. ⁹ E em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens”.

C. A adoração deve ser dirigida somente a Deus. Mt 4.10

“¹⁰ Então, Jesus lhe ordenou: Retira-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto”.

3. DEUS TEM A MEDIDA CERTA PARA A TRIBULAÇÃO DO SEU POVO. V.2

“² mas deixa de parte o átrio exterior do santuário e não o meças, porque foi ele dado aos gentios; estes, por quarenta e dois meses, calcarão aos pés a cidade santa”.

3.1 Deus limita a tribulação que passamos nesta vida para nos ensinar. V.2a

“² mas deixa de parte o átrio exterior do santuário e não o meças, porque foi ele dado aos gentios [...]”

A. A nossa tribulação produz perseverança. Rm 5.3

“³ E não somente isto, mas também nos gloriamos nas próprias tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança”.

B. A nossa tribulação não pode nos separar do amor de Deus. Rm 8.35-39

“³⁵ Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? ³⁶ Como está escrito: Por amor de ti, somos entregues à morte o dia todo, fomos considerados como ovelhas para o matadouro. ³⁷ Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. ³⁸ Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, ³⁹ nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor”.

C. A nossa tribulação deve ser enfrentada com paciência. Rm 12.12

“¹² regozijai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, na oração, perseverantes”.

3.2 Deus limita o tempo da nossa tribulação neste mundo para nos preservar. V.2b

[...] estes, por quarenta e dois meses, calcarão aos pés a cidade santa”.

A. Deus limita a tribulação apenas por causa do seu povo. Mt 24.21-22

“²¹ porque nesse tempo haverá grande tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não tem havido e nem haverá jamais. ²² Não tivessem aqueles dias sido abreviados, ninguém seria salvo; mas, por causa dos escolhidos, tais dias serão abreviados”.

B. Deus limita a tribulação vindo no tempo certo com livramento. I Co 10.13

“¹³ Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar”.

C. Deus limita a tribulação porque conhece a nossa fragilidade. Is 41.10-14

“¹⁰ não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a minha destra fiel. ¹¹ Eis que envergonhados e confundidos serão todos os que estão indignados contra ti; serão reduzidos a nada, e os que contendem contigo perecerão. ¹² Aos que pelejam contra ti, buscá-los-ás, porém não os acharás; serão reduzidos a nada e a coisa de nenhum valor os que fazem guerra contra ti. ¹³ Porque eu, o SENHOR, teu Deus, te tomo pela tua mão direita e te digo: Não temas, que eu te ajudo. ¹⁴ Não temas, ó vermezinho de Jacó, povozinho de Israel; eu te ajudo, diz o SENHOR, e o teu Redentor é o Santo de Israel”.

3.3 Deus limita a tribulação presente com a glória do mundo porvir. Rm 8.18

“¹⁸ Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós”.

A. A nossa tribulação é limitada quando atentamos para o eterno e não para o que é temporal. II Co 4.18

“¹⁸ não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se não veem são eternas”.

B. A nossa tribulação é limitada quando estamos ocupados com Deus. Ne 6.2-4

“² Sambalate e Gesém mandaram dizer-me: Vem, encontremo-nos, nas aldeias, no vale de Ono. Porém intentavam fazer-me mal. ³ Enviei-lhes mensageiros a dizer: Estou fazendo grande obra, de modo que não poderei descer; por que cessaria a obra, enquanto eu a deixasse e fosse ter convosco? ⁴ Quatro vezes me enviaram o mesmo pedido; eu, porém, lhes dei sempre a mesma resposta.

C. A nossa tribulação é limitada quando temos pessoas ao nosso lado para nos fortalecer. Is 41.6

“⁶ Um ao outro ajudou e ao seu próximo disse: Sê forte”.

CONCLUSÃO

Vimos nesta mensagem que Deus tem a medida certa para o seu povo, examinamos que: Primeiro, DEUS TEM A MEDIDA CERTA PARA O SEU POVO: Deus mede quem faz parte, quem lidera, quem abandona seu povo. Segundo, DEUS TEM A MEDIDA CERTA PARA O SERVIÇO DO SEU POVO: Deus mediu o seu santuário, o seu altar, a adoração de quem realiza o serviço. Terceiro, DEUS TEM A MEDIDA CERTA PARA A TRIBULAÇÃO DO SEU POVO: Deus limita a tribulação que passamos nesta vida para nos ensinar, limita o tempo da nossa tribulação neste mundo para nos preservar, limita a tribulação presente com a glória do mundo porvir. APLICAÇÃO: Se Deus hoje medir o santuário da tua vida, o teu altar de serviço a Ele, a tua tribulação, bem como tua reação nelas, você passa na medida? Deus disse por meio do profeta Daniel ao rei Belsazar: “Pesado foste na balança e achado em falta” (Dn 5.27), como você quer ser encontrado na balança de Deus ou na medida de Deus? Na medida certa ou em falta? Para ser achado na medida certa você precisa estar em Cristo: Amando-o, obedecendo-o e servindo-o, pois somente Ele tem a medida certa para nossa vida.